Se eu soubesse uma toada triste,
Um acorde absorto,
Eu mandaria tocar.
O sino da Igreja,
Eu mandaria tocar.
Ah, Quinininha da roupa branca
Listrada de vermelho,
Tão feinha caindo da bicicleta
Escolhida entre todas as bonecas.
Volte logo, volte para casa.
Já é tarde, Quinininha, volte logo
Que a menina desconsolada
Entre as bonecas de pilha
E aquelas de vozes eletrônicas,
Te espera, te espera.
Que tu és a escolhida
E só tu sabes os segredos
Do corações de menina.
Que os braços da menina
(e de todas as meninas!)
Te esperam,
Para te apertar contra o peito
E sentir a fundura de seus amores,
Seus amores de mãe-ainda-filha,
Quando você voltar.
Cantagalo, 27 de janeiro de 2013, quando Quinininha caiu da bicicleta e nunca mais voltou.
Texto escrito por Sérgio, 'avô' da Quinininha
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