quinta-feira, 31 de março de 2011

Apenas uma nota...

Hoje não fui levar Clara ao colégio. 
Fiquei em casa morrendo de saudade, contando os minutos para buscá-la. Meu tio foi buscá-la sem mim e minha saudade se tornou maior ainda. 
A professora disse que ela está se adaptando muito bem, mas chorou hoje na hora de ir embora... eu nem estava lá :( 
Agora ela dorme no sofá, exausta. 
Estou doida pra ela acordar!!!

Estou triste, muito triste. Nunca mais vou ver ele...


Em meio a tantas coisas boas acontecendo na vida da minha princesinha, ontem foi um dia meio difícil. Seu primeiro bichinho de estimação – um peixeinho – morreu.

A principio ela achou que isso era muito normal e que, depois de um tempinho, ele voltaria a nadar. Depois, quando ela foi percebendo que não, que ele nunca mais voltaria, começou a ficar triste. E chorou. E repetia: “Estou triste, muito triste. Nunca mais vou ver ele.” E nós choramos junto com ela. Minha filha teve seu primeiro encontro com a morte, sua primeira perda afetiva. É muito duro ver um filho sofrendo de saudade, de amor, de tristeza. Tão pequena e já sofrendo...

Crianças sofrem, crianças têm sentimentos, crianças são como nós, mas não têm vergonha de demonstrar. Não fiquei falando que era pra ela parar de chorar, que depois eu compraria outro. Preferi me juntar à sua dor e ajudá-la a superar. Que mania essa de acharmos que temos que esquecer logo aquilo que nos faz sofrer. Por isso nunca superamos. Na minha visão, é melhor viver a perda, o sofrimento sem deixar pra depois. Se não fazemos assim, nunca temos a sensação de que já passou...

Fizemos desenhos de peixinhos para nunca nos esquecermos dele. Ela  está aprendendo a crescer. Mais uma lição nessa semana. E ela sempre me enchendo de orgulho!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Primeiro dia de aula


Hoje foi um dia muito importante: o 1º dia de aula de Clara. A minha pequena está crescendo!

Como era de se esperar, ela se saiu super bem. A professora está encantada com ela (e ela ficou apenas uma hora e meia no colégio). Devo admitir que minha filha é realmente encantadora, inteligente, esperta, doce, fofa... não há como não se apaixonar por essa mocinha.

O colégio. Estudar. Aprender. Se esforçar. Coisas que ela fará durante muito tempo ainda. Hoje foi apenas o começo. Mais uma fase de muitas de desgarramento. Senti um misto de alegria, realização, expectativa, melancolia. Ela começa a se preparar para o mundo. Aliás, acho que já começou desde o dia 10 de junho de 2008, mas agora concretamente.

Como ela está? Bem, muito bem! Sem euforia nem descontentamento. Ela sabe lidar muito bem com as mudanças que lhe são propostas, se adapta facilmente a tudo (pelo menos nisso ela se parece comigo).

Resumindo: minha filha me enche de orgulho! Ela merece todo aplauso!
Viva à Clara no seu primeiro dia de escola!!! Viva!!!

 Clara na saída com tia Jô

domingo, 27 de março de 2011

Mãe Amante


É bom demais ser mãe!
 
Quando digo bom, não quero dizer fácil. Ser mãe é muito mais do que pôr filhos no mundo, trocar fraldas, amamentar, passar noites em claro, dar banho, gastar com roupas (porque eles crescem e crescem rápido), se preocupar com a educação e os bons costumes, etc, etc, etc... Ser mãe é, acima de tudo, aceitar a condição de amante.
 
Somos eternas amantes dos nossos filhos. Ao serem concebidos, logo recebem toda nossa atenção e nosso amor e, mesmo que não planejemos ou desejemos, já nos percebemos outra. Muda corpo, cabeça e alma. São nove meses de muitas mudanças e inconstâncias, hormônios lá em cima, hormônios lá embaixo... tudo culpa desses e daqueles. Pare pra pensar: nove meses é muito pouco tempo pra você se preparar para a maior mudança de toda sua vida. Uma vez mãe, eternamente mãe! Nada e nem ninguém pode mudar isso. Não há como voltar atrás. Tempo algum seria suficiente para essa suposta preparação. Quem está preparada para toda essa mudança? (Se você, minha amiga, conseguiu essa proeza, parabéns! Eu não.)
 
E num piscar de olhos passam-se esses intermináveis meses. O filho! Aquele que é seu! E você ama! Mas e ele? Ele chora, mama, dorme, chora, faz cocô, mama, dorme, chora, mama, faz cocô, dorme, mama, chora... Não, ele não ama, ainda não. Mãe ama primeiro. Mãe ama durante muito tempo sem ser amada, sem receber nada em troca. E nem adianta cobrar, ele ainda não sabe o que é o amor. Mãe ama e ensina a amar. Mãe ama porque sabe que esse serzinho, tão pequeno e indefeso, depende desse amor. Que amor? Quanto amor? Todo amor!
 
Ser mãe é isso. Amar. Amar. Doar. Amar. E um dia, ao contemplar aquele sorrisinho que desmorona a mais dura pedra, ter a certeza de que nada abala esse amor.
 
Daí vale refletir: se nós, humanos e imperfeitos, somos capazes de amar assim, quanto mais o Senhor nos ama (Mateus 7,11).
 
Que Ele, o Amor, nos guie nessa dura e linda missão.

sexta-feira, 25 de março de 2011

"Te amo e sempre vai ser assim"

Pensando em como eu deveria começar esse blog, resolvi transcrever uma nota que coloquei na minha página no facebook . Copiei esse texto de um blog muito bom, de uma mãe que, assim como eu, é humana, incapaz, imperfeita, mas que dá a vida pela felicidade dos seus filhos.

Esse texto é para Clara:

"Te amo em cada pedacinho, como costumo te falar.
Te amo de verdade, como nunca pensei em amar alguém.
Te amo desde o dia em que te vi, porque não te amava antes e não tenho vergonha de te dizer isso, se amei não era como hoje.
Te amo mesmo quando estou cansada, exausta, quando choro tentando fugir de tudo, e você me olha e fala " mamãe?" e fica ali, quietinha, só olhando, como se entendesse tudo. E talvez, entenda.
Te amo, porque você é minha melhor amiga, sempre vai ser assim."