domingo, 30 de dezembro de 2012

Eu, sistemática que sou...

          Delegar tarefas - ô coisinha mais difícil, mas que dá um refrigério sem igual.
          Eu, sistemática que sou, sempre preferi fazer as coisas por mim mesma. Melhor eu mesma ter a certeza de que será "bem feito" do que esperar a boa vontade alheia. Antes que pensem que gosto de ser assim, já digo: não, não gosto, acho isso um defeito seríssimo. Mas, como dizem por aí, "é mais forte que eu!", quando percebo já peguei, fiz e pronto. Não é falta de confiança no outro, não é que eu me ache melhor, nada disso... é que dá menos trabalho pegar e fazer do que esperar que o outro faça.
          Conclusão, eu fico esgotada (por fora e por dentro), desagrado os outros com minhas cobranças, nunca estou satisfeita nem com o outro nem comigo mesma. Assunto pra várias consultas com minha psicóloga...
          Enfim decidi me desapegar dos "meus sistemas" e deixar a cuca fresca. Aceitando as direções da minha terapeuta, começando pelas situações práticas, como contas a pagar, até a escolha das roupas das crianças para depois do banho.
          Ainda não deu tempo de saber se vou me arrepender ou não, mas, de imediato posso dizer que meus ombros não estão mais tão pesados e minha cabeça já dá ares de frescor.
         
          Que o Senhor conserve minha decisão e me dê sabedoria para trilhar a santidade nas pequenas coisas! Que os que me cercam sejam atingidos pela Misericórdia de Deus e tenham paciência comigo! Amém!
       
Não sou nenhuma heroína, sou HUMANA !!!

sábado, 29 de dezembro de 2012

Para Alice, que nasceu

          Nasceu, no dia 26 de dezembro, pela manhã, mais uma sobrinha muito amada e esperada - Alice - filha de Samylla e Thiago, meu cunhado. Ontem fomos visitá-los e, como era de se esperar, ficamos mais apaixonados ainda quando a vimos pessoalmente. Meu excelentíssimo marido é sempre bem melhor com as palavras do que eu, portanto deixo-o falar por mim:

Alice, com 2 dias de vida, aconchegadinha em nosso meio

Fomos abençoados por ti

Que é o homem para assim pensardes nele?

O homem é o triunfo da criação!
O homem é a maior teofania!
No entanto, o homem não é grande;
Grande é Deus que o criou!

E tu dormes, sem saber de nada disso,
Tuas faces rosadas e a serenidade de teu rosto,
Denunciam que as mãos do Criador estiveram em ti,
E teceram tua inocência
E a tranqüilidade de teu sono.

Todos estão felizes,
Construíste uma casa neste mundo,
Figura de uma outra,
Mansão que não passará.

Tua casa abriga tua alma de menina
Que, sem saber, já anseia pelo Cristo,
Que te preparou terreno no Natal.

Sim, o amor vem em torrentes
Como tu vieste inundando tudo:
As manhãs, as tardes,
E os olhos de teus pais.

O amor floresce, como os gerânios na janela:
Tu nasceste, estás aqui,
Não precisamos mais te esperar:
Fomos abençoados por ti.

Sérgio Luís A. de Souza

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Sua majestade, a criança


          

Martha Medeiros
10/10/2009

          Tem se falado muito na falta de limites das crianças de hoje. A garotada manda e desmanda nos pais e estes, sentindo-se culpados pelo pouco tempo que ficam em casa, aceitam a troca de hierarquia – hoje os adultos é que recebem ordens e reprimendas, e não demora serão colocados de castigo.
          Segundo os pedagogos, precisamos voltar a dizer não para a pirralhada. É a ausência do não que faz com que meninas saiam de madrugada sem avisar para onde estão indo, garotos peguem o carro do pai sem ter habilitação e todos sejam estimulados a consumir descontroladamente, a não dar explicações e a viver sem custódia. Mas onde encontrar energia para discutir com filho? Pai e mãe se jogam no sofá e pensam: “Façam o que bem entender, desde que nos deixem quietos vendo a novela”.
          Alguns adultos defendem-se dizendo que é impossível dar limites, vigiar e orientar, tendo que sair de manhã para o batente e voltar à noite demolidos pelo cansaço. Compreendo, é complicado mesmo. Se existe uma liberalidade e agressividade maior hoje entre as crianças, é claro que o fato de as mulheres terem entrado no mercado de trabalho e deixado em aberto o posto de rainhas do lar tem algo a ver com isso. Mas nem me passa pela cabeça estimular um meia-volta, volver. A sociedade avançou com a participação das mulheres e esse é um caminho sem retorno. O que compromete o destino de uma criança é não ter sido amada. E muitas não foram, mesmo com os pais por perto.
          A falta de amor é a origem de grande parte das neuroses, psicoses e desvios de conduta. Uma criança que não se sentiu amada pode cometer erros de avaliação sobre si própria e cometer desvarios para alcançar uma autoestima que está sempre fora de alcance. Não adianta o pai e a mãe passarem a mão na cabeça do filhote de vez em quando e repetir um “eu te amo” automático. A criança precisa se sentir amada de verdade, e as demonstrações não se dão apenas com beijos e abraços, e tampouco com proibições sem justa causa. O “não deixo, não pode” tem que ser argumentado. “Não deixo e não pode porque....” Tem que gastar o latim. Explicar. E prestar atenção no filho, controlar seus hábitos, perceber seus silêncios, demonstrar interesse pelo o que ele faz, pelo o que ele pensa, quem são seus amigos, quais suas aptidões, do que ele se ressente, o que está calando, por que está chorando, se sua rebeldia é uma maneira de pedir socorro, se está precisando conversar, se o que tem sentido é demasiado pesado pra ele, se precisa repartir suas dores, se está sendo bem acolhido pela escola, se não estão exigindo dele mais do que ele pode dar, se não foram transferidas responsabilidades para ele que são incompatíveis com sua idade, se há como entender e aceitar seus desejos, se ele está arriscando a própria vida e precisa de freio, se estamos deixando ele sonhar alto demais, se estamos induzindo que ele sonhe de menos, se ele está recebendo os estímulos certos ou desenvolvendo preconceitos generalizados. Dá uma trabalheira, mas isso é amar.
          Algumas crianças são criadas por empregadas, ou seja, são terceirizadas e depois o psiquiatra que junte os cacos. Com amor, ao contrário, toda criança sente-se ilustríssima, majestade, vossa excelência, sem fazer mau uso do cargo. Será confiante e segura como um rei, não se violentará para agradar os outros (usando drogas ou imitando o que os outros fazem para ser aceita num grupo). Será o que é, afinada com o próprio eixo. E se transformará num adulto bem resolvido, porque a lembrança da infância terá deixado nela a dimensão da importância que ela tem.

sábado, 15 de dezembro de 2012

A chegada do filho e a fase de adaptação


Renata Palombo


A chegada de um filho é mágica é transformadora, mas não é nada fácil, mesmo quando muito desejada. Por mais que as pessoas nos avisem sobre isso, só compreendemos verdadeiramente quando sentimos na “pele”. Há pouco tempo, 4 pessoas próximas a mim passaram por esta fase (1 irmã e 3 amigas), e inevitavelmente me remeteram às lembranças da minha fase de adaptação. Então, decidi escrever aqui como foi tudo isso pra mim, talvez ajude outras pessoas que estejam passando por isso a pelo menos se conformarem de que não são as únicas no mundo a sofrer com isso.

Durante um bom tempo da minha vida eu não queria ter filhos, mas quando surgiu em mim o desejo de ser mãe, eu desejei intensamente e lutei de várias maneiras para que isso se tornasse realidade. Muito ansiosa que sou, sofri com a espera, tempo que serviu também para que construísse muitos sonhos e idealizações do quanto eu seria uma mãe maravilhosa e teria um filho maravilhoso e uma família maravilhosa, tudo com muita harmonia.

Depois de mais ou menos “1 ano e meio” de “gestação”, meu primeiro filho “nasceu” em nossas vidas. Foi muito delicioso ir buscá-lo!!! Enfim a resposta de nossas orações. Todos eufóricos, as felicitações dos amigos e familiares e meu sonho concretizado! Mas, diferente dos contos de fadas a história não acabou assim: “…então eles se encontraram e viveram felizes para sempre.”. Na vida real a frase foi: “… então eles se encontraram, viveram muitas mudanças e tiveram que se adaptar.”.

Acho que a primeira grande dificuldade foi a de me dar conta que minha vida nunca mais seria a mesma. Eu tinha “ganhado” alguém para cuidar para sempre e “perdido” a possibilidade de cuidar somente de mim mesma. Haveria sempre alguém a quem eu deveria atender antes de atender minhas próprias necessidades em relação a tudo: tempo, alimentação, sono, marido, TV… Teria que cuidar de mim e de mais alguém. Inevitavelmente entrei em um processo de luto/tristeza pela perda da vida anterior. Senti medo de pensar que talvez eu pudesse não gostar dessa nova vida. Medo de não dar conta dela. Não dava para voltar atrás. Comecei a sentir que era melhor não ter mexido em algo que já estava funcionando tão bem. Como não querer mais algo que eu havia lutado tanto para ter? Senti culpa.

Os amigos, familiares e conhecidos ao saberem da notícia da chegada do nosso filho nos parabenizavam com alegria e falavam das delícias de ser mãe e do amor incondicional. Apesar de contente por ver pessoas se importando comigo, o sentimento predominante era o de culpa. Culpa por estar tão cansada, culpa por estar com medo, culpa por não sentir o tal amor incondicional, por não estar feliz como as pessoas me faziam acreditar que eu deveria estar.

Assim como eu, meu filho também estava se adaptando a nova vida e aí vieram os inúmeros problemas de comportamento dos quais eu não tinha a menor ideia do que fazer. Eu enxergava seus comportamentos com intensa frustração porque ele não era o filho que eu idealizava, e mais uma vez o luto, agora pela perda do filho ideal.

Hoje eu entendo que os problemas de comportamento eram a maneira de ele expressar que também estava com medo, que também não sabia o que fazer, que também estava sofrendo com a perda da vida anterior, que também sentia culpa por não me amar incondicionalmente e por não conseguir me chamar de mãe. Ele me desafiava na tentativa de testar minha real aceitação. Mas na época eu não compreendia nada disso. Imensa frustração também por não saber o que fazer com tudo aquilo. Morre aqui a mãe que eu idealizava ser, aquela que seria capaz de dar conta de qualquer dificuldade com sabedoria e serenidade. Que nada!!! Sensação de pura impotência e impaciência. Novamente o luto/tristeza, agora pela morte da mãe ideal.

Se por um lado eu fui privada do desgaste físico por não ter parido e por nunca ter perdido uma noite de sono com meu filho, por outro lado eu fui sobrecarregada pelo desgaste emocional, pois meu filho havia “nascido” pela adoção e o significado que as pessoas davam a isso era de um imenso ato de amor, bondade e heroísmo, o que aumentava minha auto cobrança. Já que achava que tinha que dar conta de tudo sozinha e que nada podia dar errado. Aumentava também a minha culpa por não ser tão boa e por estar sentindo tantas coisas más.

Se eu tivesse parido certamente eu teria tido ajuda de algumas pessoas. Eu não tive isso, pois talvez as pessoas pensassem que por ser meu filho já crescido eu não precisava. Mero engano. Descobri que as mães puérperas precisam de ajuda não apenas porque estão debilitadas pelo parto, mas principalmente porque estão regredidas e fragilizadas emocionalmente. Confesso que também senti mágoa do mundo, pois recebi visita de apenas duas pessoas que se alegraram em vir até minha casa para conhecer meu filho recém-chegado, o que não acontece com quem recebe um filho recém-nascido.

Aconteceram também as mudanças no relacionamento conjugal que passou a não ser mais o mesmo. Eu já não tinha mais tempo para meu marido e nem ele para mim. Sempre havia um terceiro entre nós mudando uma dinâmica de seis anos. Eu não posso me queixar do meu marido que sempre foi muito parceiro em tudo, mas nossos desentendimentos aumentaram consideravelmente com a chegada do filho, pois o via agindo como pai de forma que eu não concordava e lá se ia o PAI IDEAL, trazendo luto e tristeza novamente. Assim como ele também discordava de muitas de minhas atitudes como mãe.

O fato é que hoje tudo isso passou! Eu ainda me sinto culpada, frustrada, impotente e com medos em muitas situações e meu filho continua se comportando mal em muitos momentos. Talvez eu possa ter me resignado, me acostumado, me acomodado, mas o que eu acho mesmo é que, hoje, as coisas são diferentes porque eu vivo muito mais a mãe real, com o filho real e com o pai real, embora os ideais ainda me assombrem muito.

Uma outra coisa que fez toda diferença, comparando o antes com o agora, é o amor. Amor que não surgiu da noite para o dia, mas que foi construído por meio da troca e da entrega de todos nós. Com o amor, fica mais fácil superar as dificuldades. Hoje ao lembrar de tudo o que senti e vivi, parece nem ter sido tão difícil (embora eu saiba que foi, e muito).

Eu sei que muitas mães também passaram por isso e muitas estão passando, independente das circunstâncias em que os filhos chegaram em suas vidas. Para conseguir superar essa fase tão difícil, eu fiz muitas coisas, busquei muitas ajudas. Como este post já está muito longo, escrevi no meu blog outro texto sobre as coisas que eu fiz para me ajudar na fase de adaptação. Talvez as alternativas que eu busquei possam ajudar alguém que esteja passando por isso hoje.

Embora muitas coisas são adaptações diárias e constantes, embora temos que nos adaptar a cada mudança de fase dos filhos, sou feliz porque já estamos adaptados, inclusive em saber que teremos que nos adaptar sempre…

domingo, 9 de dezembro de 2012

Vinte sugestões para o seu filho amar comidas saudáveis


Já que é nos primeiro anos de vida que se aprende a comer, conheça as principais sugestões de especialistas para oferecer uma boa educação alimentar ao seu filho
Um estudo americano publicado na revista Clinical Pediatrics, depois de avaliar crianças e adolescentes obesos, concluiu que é nos primeiros anos de vida que uma pessoa aprende a comer, pois descobriu que mais da metade já se encontrava nessa situação aos 2 anos de idade. Segundo os pesquisadores, os hábitos alimentares aprendidos nessa primeira fase orientam a criança em seu futuro e são difíceis de serem modificados. Justamente nesse período, os pais têm mais dúvidas à mesa tentando cumprir bem o seu papel. Conheça as principais sugestões dos especialistas para oferecer uma boa educação alimentar ao pequeno.



1. Seja o exemplo
Papai e mamãe são os maiores exemplos, mas isso nem sempre é bom. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, 40% dos adultos brasileiros são obesos, o que prova: a alimentação dos pais não reflete bons hábitos. Não adianta nada o casal acostumado a pedir sanduíche no almoço e comida chinesa no jantar imaginar que ensinarão o filho a comer saudavelmente. Se ele não presenciar a mãe saboreando uma deliciosa salada, não vai fazer o mesmo. Iniciar as modificações desses hábitos ainda durante a gravidez - que também exige uma boa alimentação - dará mais tempo para efetivá-las até que o bebê comece com as papinhas. A mudança, em geral, é difícil, principalmente nas primeiras semanas, mas o investimento vale a pena. Caso a criança vá ficar aos cuidados de outra pessoa, como parentes e berçários, verifique como é a conduta deles também.

2. Aprenda a cozinhar
Segundo a maioria dos especialistas, o fato de as famílias comerem de maneira inadequada tem a ver com a falta de tempo e a disposição para cozinhar. Primeiro passo: distribua tarefas e organize os horários para que alguém consiga ser o cozinheiro. Muitas pessoas descobrirão que preparar um prato saudável requer menos tempo do que se imagina. Pedir ajuda a parentes, amigos e vizinhos gourmet também é uma boa dica. Já existem no mercado livros de culinária destinados aos cozinheiros de primeira viagem, com fotos e textos bem didáticos. Quando aprendem a cozinhar, os pais também ficam mais conscientes sobre as vantagens de uma alimentação saudável. E podem (por que não?) descobrir um prazer nisso.

3. Diversifique a papinha
Uma boa papinha precisa incluir os três grupos alimentares: construtores (carnes de boi, de frango e de peixe, feijão, ervilha, proteínas), energéticos (arroz, macarrão, batata, carboidratos em geral) e reguladores (legumes, verduras, fibras). Diversifique bastante. Oferecer o máximo possível de variedades de alimentos é importante para garantir o fornecimento de todos os nutrientes necessários ao crescimento do bebê. É importante também para ele conhecer e se acostumar com a comida, descobrir suas preferências e tolerâncias. Quando é colocada em contato com muitos tipos de alimento, a tendência da criança é aceitar tudo, incluindo frutas, legumes e verduras. Quanto menos variado for o cardápio, mais seletiva ela será, principalmente na adolescência, o que pode prejudicar seu desenvolvimento e até o futuro controle de peso.

4. Prepare combinações apetitosas
Comida de criança tem de ser gostosa e não apenas uma soma de ingredientes. Crie combinações que um adulto também apreciaria, com bom senso, levando em conta os diferentes sabores e as misturas possíveis - e cabíveis. Não é recomendável utilizar sal, pois os alimentos já contêm sódio suficiente para suprir as necessidades diárias de uma criança - em excesso, ele causa hipertensão e problemas renais. Personalize a receita com temperos in natura, como cebola, alho, salsa, cebolinha e outras ervas, para deixar a papinha mais gostosa. Comida malfeita desestimula o bebê a gostar de comer.

5. Respeite cada fase
Respeitar cada fase até os 2 anos incentiva o apetite infantil. Sem os dentes não tiverem nascido, o bebê consegue apenas ingerir papinhas pastosas, preparadas com alimentos amassados (jamais batidos no liquidificador). Depois disso, a consistência deve caminhar gradualmente para uma sopa pedaçuda. Entre os 8 e 9 meses de idade, já é possível oferecer alimentos macios em pedaços. Carnes podem ser moídas, picadas ou desfiadas. Quando a mastigação não é estimulada, a criança tende a não aceitar saladas, carnes em pedaços, frutas e alimentos que exijam mais, principalmente os que são boas fontes de proteínas e fibras.

6. Ofereça muita água
Acostume seu filho a beber água ou ele poderá crescer sem esse hábito. A água é muito importante na infância para ajudar no bom funcionamento do intestino e diminui o risco de problemas como dores de cabeça e musculares, dificuldade na digestão e sobrecarga nos rins. Não existe uma recomendação médica específica sobre a quantidade, mas ofereça depois das refeições - nunca durante - e entre elas. Faça o mesmo com os sucos. Com o tempo, a própria criança aprenderá a indicar que está com sede.

7. Evite as guloseimas
Evite açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas sempre, mas, principalmente, nos dois primeiros anos. São alimentos de grande valor calórico e sem nenhum nutriente, além de não acrescentarem nada ao organismo. Muitos contêm aditivos químicos. Um bebê criado saudavelmente vai entender que a sobremesa é fruta, e não doce. Mesmo que mais para a frente tenha contato com as guloseimas, a criança terá outra relação com elas.

8. Deixe a criança comer o quanto quiser
Até os 2 anos, ela tem a capacidade de saber exatamente quando está saciada e obedece a essa ordem do organismo. Se os pais insistem para que ela se alimente mais, acabará fazendo isso para agradá-los e corre o risco de perder tal habilidade. Não saberá mais distinguir quando a fome acabou. Com o tempo, seu estômago pode dilatar, aumentando o risco de se tornar uma pessoa obesa.

9. Observe o quanto seu filho come
Cuidado com o quanto oferece de comida. Uma grande quantidade pode assustar a criança e até desestimular seu apetite. A tendência do adulto é fazer o prato semelhante ao seu, esquecendo que o estômago infantil é menor - a capacidade gástrica de um bebê de 1 ano, por exemplo, é de 250 ml, enquanto a de um adulto é de 1,3 mil ml. Para não exagerar, observe durante algumas semanas o quanto seu filho come. Em alguns dias, ele come mais e, em outros, menos, mas você notará que existe uma quantidade-padrão que pode servir como referência.

10. Mantenha os mesmos horários de refeição
Isso ajuda na organização do metabolismo da criança, que conseguirá entender melhor as sensações de fome e saciedade. A atitude também vai ajudar na rotina de casa: fica mais fácil saber a hora de ir para a cozinha preparar o almoço ou a antecedência necessária para fazer compras. Sem falar que os pais também conseguem administrar melhor o tempo e estar presentes na mesa com o filho - ou procurar que alguém adequado esteja.

11. Não force a criança a comer
Tente um pouco, mas não insista. É difícil ver o filho não se alimentar, mas controle a ansiedade. Guarde a comida na geladeira, espere meia hora e ofereça novamente. Às vezes, é apenas uma questão de o apetite estar com horários errados. Se ela recusar novamente, descarte essa comida e adiante o horário da próxima refeição. Jamais ofereça doces, bolachas e salgadinhos no lugar do que foi recusado.

12. Ofereça comidinhas para pegar com as mãos
Um jeito de incentivar o apetite do bebê e ainda ajudar o seu desenvolvimento motor fino é criar comidinhas que possam ser consumidas com as mãos. Pedacinhos de pão, frutas e legumes picados, carnes desfiadas, são alguns exemplos do que pode ser oferecido em um pratinho de plástico. A criança vai se divertir tentando comer sozinha e associará esse prazer ao ato de se alimentar.

13. Observe a qualidade e a quantidade das refeições
É necessário mudar a imagem de que uma criança saudável é a que come muito. Os pais têm a sensação de missão cumprida quando o filho limpa o prato, mas isso não é sinônimo de saúde. Cuidar não é só alimentar mas também observar a quantidade e a qualidade das refeições. A obesidade não ocorre porque alguém come demais uma ou duas vezes, e sim porque uma pessoa come um pouco a mais todos os dias. Não deixe esse costume fazer parte da sua família.

14. Faça uma refeição com o pequeno
Os pais devem organizar a vida para fazer, pelo menos, uma refeição com os filhos, não importa qual. Além de observar os hábitos alimentares dos adultos e tentar imitá-los, a criança também vai aprender que o horário das refeições pode ser divertido, uma fonte de prazer. Conversas agradáveis, brincadeiras e, lógico, uma boa comida só ajudam.

15. Não incremente demais os pratos
Adultos podem achar delicioso um bom filé de frango ao molho curry, mas, com certeza, a criança não. Quando o bebê entra na fase de comer o mesmo que a família, ao completar 1 ano de idade, isso não significa que vai apreciar qualquer coisa. Receitas muito elaboradas ou com temperos mais picantes podem desagradá-lo. O ideal é fazer uma adaptação do que os pais irão comer. Também não é recomendável estimular sabores acentuados, pois eles incentivam o desenvolvimento de preferências futuras que não serão saudáveis. Excesso de sal causa hipertensão, problemas gástricos e renais, e o açúcar leva ao diabete tipo 2 e obesidade. Bebês não precisam disso. O açúcar do leite materno (lactose) tem baixo poder adoçante e adoçar as preparações, mesmo com mel, é completamente desnecessário e prejudicial.

16. Nada de comer em frente à TV
Resista à tentação de dar comida para a criança na frente da televisão. Isso se tornará uma prática que a seguirá até a vida adulta. Ela precisa aprender que o ato de comer é prazeroso e dispensa outras distrações. Assim, prestará atenção na comida, em seu gosto, sua textura e, principalmente, saberá quando a fome acabou. Quem se alimenta realizando outras tarefas come de maneira automática, sem distinguir quando está saciado e come a mais. Existe ainda a possibilidade de a criança ficar tão distraída com a tela iluminada que não comerá nada. O correto é o bebê ter um cadeirão e fazer as refeições à mesa, de preferência juntamente com a família.

17. Cuidado com o exagero de carboidratos
O excesso pode levar à predisposição de doenças como obesidade e diabetes. Não só arroz, pão e massas podem ser os vilões. Estudos recentes mostram que o consumo excessivo de proteínas, especialmente nos primeiros anos de vida, está relacionado com o desenvolvimento de obesidade no futuro. O grupo dos alimentos reguladores (legumes e verduras) é o que deve aparecer em maior número na hora de pensar no preparo da comida.

18. Improvise na cozinha
Com o tempo, você vai notar que o bebê tem preferências. Aproveite esse conhecimento quando ele estiver doente - dar o que mais gostam (entre os alimentos saudáveis) pode ser a única maneira de alimentá-los. Isso também pode ajudar na hora de introduzir os vegetais: combinado com o prato preferido, fica mais fácil conhecer o alface, a escarola, o chuchu etc. Facilite a aceitação improvisando novas maneiras de apresentação. O ideal é que a criança coma as frutas ao natural, com as mãos. No começo e para os apetites mais difíceis, vale picar o mamão ou fazer um espetinho (sem ponta) com morangos e bananas, por exemplo.

19. Respeite o horário de comer da criança
Quando comer fora de casa, seja em restaurantes, seja na casa de amigos, garanta que o bebê tenha seu horário respeitado. O ideal é alimentá-lo antes de sair de casa, assim ninguém fica ansioso e evitam-se choradeiras. A criança não terá paciência para esperar a chegada dos pedidos e nem sempre apreciará as experiências culinárias do anfitrião. Há quem resolva o problema com as papinhas prontas. Usadas uma vez ou outra, elas não são prejudiciais - são feitas com ingredientes naturais e não possuem conservantes. A longo prazo, não oferecem a variedade necessária para incentivar o apetite do bebê nem o carinho que ele merece, recebendo comidinhas feitas na hora e com alimentos frescos.

20. Tenha paciência, criatividade e tempo
A tendência deles é cuspir a comida, fazer "não" com a cabeça, jogar os talheres no chão, tudo para brincar com você. Podem rejeitar sabores novos e os pais não devem desistir - é necessário oferecer pelo de oito a dez vezes o mesmo alimento até ter certeza de que a criança não gosta dele. Haverá momentos em que o apetite está ótimo, em outros não, e sem razão alguma. Um dia vão adorar frango, em outros só vão querer saber da banana. Não existe uma lógica. Com o tempo, explorar os ambientes e brincar vai se tornar mais interessante do que comer - o apetite da criança pode diminuir e é necessário se adequar às expectativas. Quando isso não acontece, as refeições se tornam momentos de ansiedade e frustração, um exemplo nada bom para as crianças. Pais que acreditam não ter a paciência necessária para tudo isso podem delegar a tarefa para outra pessoa sem a menor culpa, mas devem continuar por perto e cuidar da alimentação do filho com o mesmo carinho.

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Texto retirado do site  http://bebe.abril.com.br/
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Espero que funcione com os meus ;)