quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

... e 20 de janeiro nunca mais foi o mesmo...

Deus tem compaixão, Deus é misericordioso.

Esse é o significado do nome daquele que chegou há 5 anos e completou os meus dias.

João chegou de mansinho, desejado, não planejado, numa gravidez cheia de dores e medos. E chegou num lindo dia, 20 de janeiro de 2011, dia em que seu pai e eu comemorávamos 15 anos de namoro. E mudou minha história, meu mundo materno. E manifestou a compaixão e a misericórdia de Deus na minha vida de uma maneira doce que só ele sabe como ser.

João é assim: menino tímido, mas aberto a quem lhe sorri com amor no olhar; fala compassada pelo jeito tão sem pressa de ser; bruto nos socos, mas que se derrete diante do choro (mesmo fingido) da 'vítima'; gosta de videozinhos no youtube, jogos online, minecraft, mas vira pra mãe e diz: "quero ficar com você, porque minha família é mais importante que meu computador"; preocupado em ir à missa todos os domingos (há pouco tempo, em uma breve viagem, o que mais o afligiu foi estar distante da nossa paróquia no domingo. Foi lindo ver sua reação quando percebeu que estávamos na casa de um sacerdote que mora ao lado da igreja e ir à missa não seria um problema); que não esquece um só dia de rezar pelas almas dos seus avós antes do dormir...

João é encantador, simples, fácil de agradar, conviver e amar, amar, amar... João é cópia do seu pai! Aquele que, há 20 anos, me deu um beijo e roubou meu coração. Celebro a bênção de ser mãe de Clara e João porque Deus colocou no meu caminho um namorado que me leva a descobrir, dia após dia, a linda vocação a que fui chamada: ser mãe e esposa.

Nunca mais comemoraremos nosso 20 de janeiro da mesma maneira. Não teremos jantares românticos à luz de velas com música ao fundo. Nosso dia agora tem bolas e brigadeiros, tem gritos de crianças e correria pra todo lado. E quem disse que não nos alegramos com isso? E quem aposta que nosso 20 de janeiro é muito mais feliz agora?

Parabéns para nós amor! Obrigada pelos 20 anos de caminhada juntos.

Parabéns, meu João, pelos seus 5 anos! Parabéns meu amorzinho, meu homenzinho, que protege a mamãe e confere se fiquei algum dia sem lhe dizer que o amo, aquele que manifesta a Misericórdia de Deus ao meu coração simplesmente por existir.

Te amo, Sérgio! Te amo, Clara! Te amo, João!



sábado, 16 de janeiro de 2016

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Qual é a opção de vida de uma mãe?

“Sim, ser mãe não significa só trazer um filho ao mundo, mas é também uma opção de vida: o que é que uma mãe escolhe? Qual é a opção de vida de uma mãe? A opção de vida de uma mãe é a opção de dar vida. E isto é grande, isto é belo.”  Papa Francisco, Audiência Geral, 7 de janeiro de 2015.

Não me recordo de quando comecei a perceber em mim esse desejo enorme de ser mãe. Talvez ele esteja em mim desde sempre. Nunca tive grandes pretensões na vida: viagens, carro do ano, casa deslumbrante, roupas e sapatos... Mas, se posso dizer algo por qual anseio extraordinariamente, digo: ter filhos!

Você pode estar pensando: “mas ela já os tem!”, e respondo: Sim! Dois filhos maravilhosos! Esperados, planejados, educados com todo esmero, cuidados com todo amor, que preenchem não somente nossa casa, mas nossa vida. Somos felizes? Sim! Nos sentimos completos? Sim! Há espaço para outros? Sim, sim, sim!!! A cada dia que passa percebo que o antigo ditado “no coração de mãe sempre cabe mais um” é muito verdadeiro. E digo mais: no coração, na casa, no bolso, na cabeça, na vida... Essa é minha opção de vida! Dar a vida!!! Dar a minha vida a Deus, aos irmãos, à minha família. Dar a vida a filhos de Deus confiados a nós para serem amados e educados segundo Sua Vontade.

Não sou nenhuma heroína. Ao contrário, perco facilmente a paciência, mimo tanto quanto exijo, não como verduras e legumes para ser o exemplo que eles precisam ter na alimentação. Sou humana, cheia de defeitos, com algumas virtudes e posso dizer que a maior delas, sem nenhum constrangimento, é assumir a maternidade com unhas e dentes. Ser mãe não significa só trazer um filho ao mundo. Como meu marido uma vez me escreveu (aqui): ter um filho é um acontecimento fundante. Somos viradas e reviradas pelo avesso. Nosso corpo, nossos sentimentos, nossa vida, nossos planos, nossa alma nunca mais serão os mesmos. Graças a Deus! Porque ser mãe é um dom e um dom precisa frutificar em nós, precisa gerar santidade em nós e o caminho que nos leva a santidade é estreito, com algumas flores à beira, mas com muitas pedras em seu trajeto.

Não quero com essas palavras desestimular as mulheres que ainda não têm filhos, muito menos dizer que as mães vivem uma vida árdua de sacrifícios e penitências (se bem que tanto estes como aqueles fazem parte do cotidiano). Quero ir além! Repito o que o Papa Francisco disse: isto é grande, isto é belo”! É grande como o próprio sacramento do matrimônio (cf. Efésios 5, 31-33). É belo porque não é obra nossa (cf. Salmo 138, 13-14). Ao assumirmos a vocação que nos foi confiada diante do Altar, a de sermos esposos, assumimos também a condição de estarmos abertos a vida. Estar aberto a vida é uma luta diária para viver a essência da vocação matrimonial: doar-se inteiramente ao seu cônjuge e deixar transbordar, a partir dessa doação, os filhos que o Senhor nos confiar.

Isso é maravilhoso! Não há como ficar indiferente a tamanho mistério e graça!

Louvo e bendigo a Deus por cada dia em que posso me deleitar com essa grande graça e peço: “Que tua serva encontre graça diante dos teus olhos”! Não demores, Senhor, a encher meu coração e meu ventre!