“Sim, ser mãe não significa só
trazer um filho ao mundo, mas é também uma opção de vida: o que é que uma mãe
escolhe? Qual é a opção de vida de uma mãe? A opção de vida de uma mãe é a
opção de dar vida. E isto é grande, isto é belo.” Papa Francisco, Audiência Geral, 7 de
janeiro de 2015.
Não me recordo de quando comecei a perceber em mim esse desejo enorme de
ser mãe. Talvez ele esteja em mim desde sempre. Nunca tive grandes pretensões
na vida: viagens, carro do ano, casa deslumbrante, roupas e sapatos... Mas, se
posso dizer algo por qual anseio extraordinariamente, digo: ter filhos!
Você pode estar pensando: “mas ela já os tem!”, e respondo: Sim! Dois
filhos maravilhosos! Esperados, planejados, educados com todo esmero, cuidados
com todo amor, que preenchem não somente nossa casa, mas nossa vida. Somos
felizes? Sim! Nos sentimos completos? Sim! Há espaço para outros? Sim, sim,
sim!!! A cada dia que passa percebo que o antigo ditado “no coração de mãe sempre cabe mais um” é
muito verdadeiro. E digo mais: no coração, na casa, no bolso, na cabeça, na
vida... Essa é minha opção de vida! Dar a vida!!! Dar a minha vida a Deus, aos
irmãos, à minha família. Dar a vida a filhos de Deus confiados a nós para serem
amados e educados segundo Sua Vontade.
Não sou nenhuma heroína. Ao contrário, perco facilmente a paciência,
mimo tanto quanto exijo, não como verduras e legumes para ser o exemplo que
eles precisam ter na alimentação. Sou humana, cheia de defeitos, com algumas
virtudes e posso dizer que a maior delas, sem nenhum constrangimento, é assumir
a maternidade com unhas e dentes. Ser mãe não significa só trazer
um filho ao mundo. Como meu marido uma vez me escreveu (aqui): ter um filho é um acontecimento fundante. Somos viradas e reviradas pelo avesso. Nosso corpo,
nossos sentimentos, nossa vida, nossos planos, nossa alma nunca mais serão os
mesmos. Graças a Deus! Porque ser mãe é um dom e um dom precisa frutificar em
nós, precisa gerar santidade em nós e o caminho que nos leva a santidade é
estreito, com algumas flores à beira, mas com muitas pedras em seu trajeto.
Não quero com essas palavras desestimular as mulheres que
ainda não têm filhos, muito menos dizer que as mães vivem uma vida árdua de
sacrifícios e penitências (se bem que tanto estes como aqueles fazem parte do
cotidiano). Quero ir além! Repito o que o Papa Francisco disse: “isto é grande, isto é belo”! É grande
como o próprio sacramento do matrimônio (cf. Efésios 5, 31-33). É belo porque
não é obra nossa (cf. Salmo 138, 13-14). Ao assumirmos a vocação que nos foi
confiada diante do Altar, a de sermos esposos, assumimos também a condição de
estarmos abertos a vida. Estar aberto a vida é uma luta diária para viver a
essência da vocação matrimonial: doar-se inteiramente ao seu cônjuge e deixar
transbordar, a partir dessa doação, os filhos que o Senhor nos confiar.
Isso é maravilhoso! Não há como ficar indiferente a tamanho
mistério e graça!
Louvo e bendigo a Deus por cada dia em que posso me deleitar
com essa grande graça e peço: “Que tua serva encontre graça diante dos teus
olhos”! Não demores, Senhor, a encher meu coração e meu ventre!
Sério que você é esposa de "O camponês" ? É isso, eu entendi bem? Que coisa, seu blog junto com o dele são os meus favoritos dos últimos tempos por assim dizer, minhas leituras obrigatórias e inspiradoras. Que legal.
ResponderExcluirrsrs... seríssimo!
ExcluirMuito obrigada pelas palavras de ânimo!
Reze por nós