terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Meu filho vai ter nome de santo

Ando meio sumidinha da net por muita falta de tempo, mas o que não me faltou nesses últimos dias foi idéias de post para o blog. Nesse meio-tempo 'encomendei' um post ao meu amadíssimo esposo. Eu amei e acho que vcs também vão gostar ;)


Janine me pediu para escrever um texto para o seu blog sobre o significado do nome de nossos filhos. Demorei. Mas, inspirado pela maravilhosa trilha sonora do filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, de Yann Tiersen, que toca enquanto escrevo, cumpro esta tarefa.

Eles chamam-se Clara e João. Clara veio primeiro, há três anos e meio, mas seu nome foi escolhido muitos anos antes, para homenagear Santa Clara de Assis. Poderia ser Chiara Luce Badano (aliás, cogitamos batizá-la “Chiara”, mas o sangue brasileiro falou mais alto), ou Claire de Castelbajac, ou até Chiara Lubic, mas a presença franciscana é tão forte aqui em casa que a Santa de Assis, parceira de São Francisco, adoradora fervorosa do Santíssimo Sacramento e padroeira da televisão pulou na frente das outras.

O nome de Clara é auto-explicativo. Nossa princesa é assim: toda-luz, inteira luminosidade. Se não é clara fisicamente, pois é uma moreninha de tirar o chapéu, seu sorriso é luminar, sua graciosidade é uma torrente de luz que abençoa nossa vida. Clara é toda música, e dança, e poesia, e arte, e beleza, e palavra, e ternura. E tudo isso é luz. Luz: um coração de criança. Luz: delicadezas sem fim. Clara é assim:  um poema de luz.

João veio depois. Um presente-surpresa. Uma misericórdia de Deus encontrada no meio do caminho, como uma fonte no deserto. Há muitos “Joões”. Há o discípulo amado, que deita sobre o coração do mestre, que permanece ao pé da cruz com a Virgem e que recebe a Revelação em Patmos. Há o Batista, o primo do Senhor, o precursor, o homem do deserto, a Voz. Mas o João de onde tiramos o nome de nosso filho é outro, e nem se chama João. Chama-se Karol, chama-se Pedro: João Paulo II, sacerdote do mundo inteiro, um homem-sacrifício pendendo no madeiro da Sé de Pedro. O homem que deu tudo, até o fim.

Assim é João, nosso pequeno: todo misericórdia, “aurora de uma primavera de alegria” (Daniel-Ange). João deu novo rumo à nossa vida, desvelando um caráter sacerdotal de nossa vocação familiar: cada sacrifício feito em nome de nossos filhos é válido. Eles valem o nosso suor e o sangue de nossas lágrimas porque valeram o sangue e o suor do Verbo Divino feito carne.

E eu rezo todos os dias para que o nosso pequenino João descubra também ele, no tempo propício, o caráter sacerdotal de sua vocação, se assim for a vontade de Deus. E há de ser, há de ser, há de ser...

Como viver numa casa sem filhos?

Enfim, digo: nossos filhos têm nome de santo! E oferecemos suas vidas ao Senhor para que se tornem aquilo que seus nomes significam:

Luz!
Bondade!
Amém!


6 comentários:

  1. Texto tão lindo quanto à família de vcs!!! Me emocionou!
    A família de vcs é exemplo vivo de uma verdadeira vocação bem vivida. Amo vcs, meus irmãos e tbm a iluminada Clara e o doce João.

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  2. Nossa... de emocionar!!! Parabéns pelos lindos e iluminados filhos, Sérgio e Janine! Deus continue os abençoando!

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  3. Obrigada, Bê!
    Obrigada, Roberta!
    Que Deus derrame bênçãos em dobro sobre vocês =)

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  4. Leticia Reis Nascimento18 de dezembro de 2011 às 23:17

    Janine, adoro ler seu blog, a minha Clara tb é assim, cheia de Luz e ate moreninha que nem a sua. rsrsrs. Parabéns pela sua família linda. Deus te abençoe sempre

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  5. Obrigada, Letícia!
    Que Deus continue derramando muitas bênçãos sobre nossas vidas através dos nossos tesouros.
    Volte sempre :)

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  6. Que lindo!
    Obrigada por testemunhar todo esse amor que é viver em família!
    Beijos.

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