domingo, 16 de junho de 2013

Dica de Leitura: Bisa Bia, Bisa Bel


          Quando eu era bem pequena tive uma bisavó muito presente. Era minha verdadeira amiga, fazia roupinhas para minhas bonecas, deixava eu raspar a bacia da massa do bolo, me enchia de carinhos e elogios. Era minha Bibi.
          Certo dia, quando eu tinha por volta de 8 anos, depois de uma lindo domingo em família, o Senhor resolveu atender o pedido de Bibi e 'levá-la' para Seu convívio depois de um dia feliz e dormindo - esse era pedido recorrente em seus terços diários (aprendi a rezar o santo terço com ela inclusive). Desde então senti muito sua falta. E demorei a aceitar o fato de sua partida.
          Na escola, não me recordo bem o ano, enquanto ainda sofria com a ausência de Bibi, foi-se aplicado o livro "Bisa Bia, Bisa Bel" de Ana Maria Machado, que conta a história da relação de uma menina chamada Isabel com sua bisavó Bia que conheceu em um retrato de quando ela era pequena. De cara me identifiquei com o livro.
          Ana Maria Machado conta que escreveu esse livro pela saudade que sentia das avós e queria contar sobre elas para os filhos. Não imaginou que fosse fazer tanto sucesso, chegando a ser considerado um dos dez mais importantes livros infantis do Brasil. Sua narrativa lúdica traz as diferenças nos objetos e costumes vividos por diferentes gerações e as marcas que nossas relações amorosas deixam na nossa personalidade.
          Se você ainda não o leu, leia! Apesar de ser considerado um livro infantil, mexe muito com nossas lembranças e nos faz repensar muito do que queremos deixar como herança para nossos filhos. Esse é um daqueles livros que não basta pegá-lo na biblioteca, é preciso tê-lo em casa para que nós, nossos filhos e, um dia, nossos netos o leiam e releiam sempre.

primeira página do livro
casamento dos meus pais em 1981 -  na foto com meus bisavós - a Bibi a que me refiro é a de óculos


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