quinta-feira, 16 de maio de 2013

Avó = Mãe²


          Verdade seja dita: só se dá real valor à própria mãe quando você se torna mãe também. Sempre amei minha mãe de todo coração, sempre tive orgulho em ser sua filha e nunca duvidei de seu amor por nós, seus filhos. Mas, depois que tive Clara, minha primeira filha, é que comecei a entender realmente o que é ser mãe e pude entender tantas coisas desse universo materno.

          Minha mãe é daquelas que não tem vaidades, nem gosta de elogios. Eu sempre repeti aqui em casa que, de seus olhos verdes e cabelos lindos e sedosos, me deixou de herança genética o dedo torto do pé. É claro que não é verdade! Não tenho seus lindos olhos, mas tenho o exemplo do que é ser uma mulher trabalhadora, exímia dona-de-casa, mãe exemplar, esposa dedicada. Ainda não cheguei a ser tudo que ela é, mas sei o caminho porque ela deixou os rastros à minha frente.
          Hoje, devido à fragilidade de sua saúde, ela já não pode mais cuidar tanto da casa (trabalho feito com muita dignidade e carinho pelo meu pai) e já está aposentada, mas seus olhos continuam lindos e jão não é somente uma mãe exemplar, mas uma avó super presente e preocupada.
Vovó Silma com a princesa Clara


          Também gostaria de falar um pouco sobre minha sogra. Antes de ser a mãe do meu marido (já que a conheci antes de conhecê-lo) ela sempre foi um exemplo de mulher de Deus pra mim. Desde o começo da minha caminhada na Igreja ela sempre foi de um grande testemunho de fé, oração e servidão ao Senhor e à Sua obra. Ao contrário de minha mãe, dona Angela tem muitas vaidades: unhas sempre perfeitas, cremes, roupas... mas a maior de todas elas é ter um coração agradável ao Senhor. A família que constituiu com seu Carlos é bem Matriarcal, não pela imposição, mas por sua postura sempre tão firme e ao mesmo tempo materna (no seu sentido mais doce). Como ela mesma sempre diz: "ser avó é ser mãe com açúcar", e nisso ela não economiza - mela os netos com toda sua doçura.
Vovó Angela com Clara em seu aniversário de 1 aninho


          Por último, como cereja de bolo, quero falar sobre dona Irinéa, minha avó, Bibi dos meus filhos. Mulher de vida sofrida que não faz ideia da força interior que tem. Já passou por muitas enfermidades, ainda enfrenta um caminho de pedras, mas está de pé! Teimosa como que só, não se dá o desfrute de ficar de pernas pro ar enquanto outros a servem. Gosta de manter-se útil (mas, vovó, deixa eu te contar um segredo, pode ficar deitadinha porque a gente não se esquece nunca do quanto a senhora é importante pra nós e do quanto a senhora nos ama!). Já não pode mais fazer "aquele" bolo que me acompanha em todos os meus aniversários (esse ano não o terei, né...), mas faz questão de que seja ela a encomendar a outra pessoa. Criou os filhos a tachos de requeijão no fogão a lenha e se orgulha disso. Tudo que quer é um ouvido pra ouvir suas dores e braços para abraços carinhosos. Te amo, Vó!!!
Bibi Irinéa com João e Clara


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