segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Palavras de uma "médica humana"

Todo ano é a mesma coisa, não interessa o quanto o país cresça, o quanto o ser humano evolua, a ignorância permanece e as crianças são sempre as maiores vítimas. Não importa se pobre ou rica, não aceito desculpa para tanta negligência. Onde está o instinto materno, onde está aquele sexto sentido tão falado, onde está o amor de mãe, que coloca o filho sempre em primeiro lugar? O verão chega e as crianças chegam às emergências desidratadas, com vômitos e diarreias que nunca passam, porque comem na rua, alimentos gordurosos e mal conservados, não bebem água, só refrigerante, e existe até o absurdo de crianças que NUNCA comeram sequer uma fruta. Porque a mães estão cada vez mais preguiçosas... Chegam casos inacreditáveis de queimadura por exposição solar!!! E disso, eu vejo o motivo com meus próprios olhos, diariamente, de mãos atadas: mães que chegam com crianças, bebês de colo, depois do meio dia à praia. Devia ser considerado crime contra o menor esse tipo de irresponsabilidade dos pais. Eu sou adulta e meu corpo não tolera o sol depois de 11h da manhã, mas quando estou indo pra casa é que vejo os pais chegando com as crianças, sabe se lá se, no mínimo, estão usando protetor solar. Queria ter o poder de dar voz de prisão a esses criminosos. Obesos, muitos obesos, menores que se queixam de dor nas articulações por causa do excesso de peso, mal conseguem respirar ao fazer qualquer esforço. Pais que deixam os menores passando mal por dias e lotam as emergências na véspera dos feriados, dando todo o tipo de justificativa para pedir um atestado, já que hoje finalmente elas precisaram "matar o trabalho" porque o filho necessitava urgentemente de atendimento; ontem não! E quantas políticas governamentais, demagogas e eleitoreiras, essas mães têm a seu favor. Estão sempre protegidas pela hipocrisia dessa sociedade que não participa, não vê, mas defende seus ideais pseudo-socialistas de araque, baseados em teorias que jamais viveu ou sentiu na pele. As histórias só têm mesmo na prática a perspectiva que convém, ninguém quer realmente enxergar a verdade e nós compactuamos todos os dias com esse mundo dominado pela hipocrisia do benefício próprio e dessa "intelectualidade arrogante e burra" de alguns pensadores atuais. Talvez, minha fala seja inútil, mas sempre que puder vou falar... Vivemos numa luta desumana e desleal mas não vou abaixar a cabeça e atestar a minha derrota, enquanto eu tiver saúde pra trabalhar e inteligência pra não ser mais um ser humano vazio, alienado e conformado!!!

Mônica Coimbra - mãe e médica

 

sábado, 28 de dezembro de 2013

Castidade no Matrimônio





Essa autenticidade do amor requer fidelidade e retidão em todas as relações matrimoniais. Comenta São Tomás de Aquino que Deus uniu às diversas funções da vida humana um prazer, uma satisfação; esse prazer e essa satisfação são, portanto, bons. Mas se o homem, invertendo a ordem das coisas, procura essa emoção como valor último, desprezando o bem e o fim a que deve estar ligada e ordenada, perverte-a e desnaturaliza-a, convertendo-a em pecado ou em ocasião de pecado.

A castidade – que não é simples continência, mas afirmação decidida de uma vontade enamorada – é uma virtude que mantém a juventude do amor, em qualquer estado de vida. Existe uma castidade dos que sentem despertar em si o desenvolvimento da puberdade, uma castidade dos que se preparam para o casamento, uma castidade daqueles a quem Deus chama ao celibato, uma castidade dos que foram escolhidos por Deus para viverem no matrimônio.

Como não recordar aqui as palavras fortes e claras com que a Vulgata nos transmite a recomendação do Arcanjo Rafael a Tobias, antes de este desposar Sara? O anjo admoestou-o assim: Escuta-me e eu te mostrarei quem são aqueles contra os quais o demônio pode prevalecer. São os que abraçam o matrimônio de tal modo que excluem Deus de si e de sua mente, e se deixam arrastar pela paixão como o cavalo e o mulo, que estão desprovidos de entendimento. Sobre esses o diabo tem poder.

Não há amor humano puro, franco e alegre no matrimônio se não se vive a virtude da castidade, que respeita o mistério da sexualidade e o faz convergir para a fecundidade e a entrega. Nunca falei de impureza e sempre evitei descer a casuísticas mórbidas e sem sentido, mas, de castidade e de pureza, da afirmação jubilosa do amor, sim, falei muitíssimas vezes e devo falar.

     A respeito da castidade conjugal, assevero aos esposos que não devem ter medo de expressar o seu carinho, antes pelo contrário, pois essa inclinação é a base da sua vida familiar. O que o Senhor lhes pede é que se respeitem e que sejam mutuamente leais, que se confortem com delicadeza, com naturalidade, com modéstia. Dir-lhes-ei também que as relações conjugais são dignas quando são prova de verdadeiro amor e, portanto, estão abertas à fecundidade, aos filhos.


 Cegar as fontes da vida é um crime contra os dons que Deus concedeu à humanidade e uma manifestação de que a conduta se inspira no egoísmo, não no amor. Então tudo se turva, os cônjuges chegam a olhar-se como cúmplices; e produzem-se dissensões que, a continuar nessa linha, são quase sempre insanáveis.

Quando a castidade conjugal acompanha o amor, a vida matrimonial torna-se expressão de uma conduta autêntica, marido e mulher compreendem-se e sentem-se unidos; quando o bem divino da sexualidade se perverte, a intimidade se destrói, e marido e mulher já não se podem olhar nobremente nos olhos.

Os esposos devem edificar a sua vida em comum sobre um carinho sincero e limpo, e sobre a alegria de terem trazido ao mundo os filhos que Deus lhes tenha conferido a possibilidade de ter, sabendo renunciar a comodidades pessoais e tendo fé na Providência. Formar uma família numerosa, se tal for a vontade de Deus, é penhor de felicidade e eficácia, embora afirmem outra coisa os autores de um triste hedonismo.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Se o aniversário é de Jesus, porque damos presentes aos outros?

A noite de hoje é uma noite muito especial! Hoje comemoramos o Nascimento do Nosso Salvador. Aquele que dá sentido à nossa vida e que por nós se entregou por inteiro.

Na nossa casa foi fácil explicar o sentido da troca de presentes fugindo do espírito consumista que nos cerca nessa época.

Contei a história do Nascimento de Jesus e, claro, expliquei os presentes dos Reis Magos. Foi instantânea a pergunta: "Se o aniversário é de Jesus, porque damos presentes aos outros?"
Noite de comemorarmos, confraternizarmos, trocarmos presentes!
Ao que respondi: "Não somos a imagem e semelhança de Deus? Portanto, cada vez que presenteamos alguém querido no Natal é porque reconhecemos Jesus nessa pessoa."
Os olhos brilharam e os sorrisos aumentaram. Tenho certeza de que não foi pelo presente, mas pela descoberta de que Jesus resplandece em nós.

Que a presença de Jesus encha sua casa e sua família com seu Amor e sua Misericórdia!
Feliz Natal! 


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

As 10 coisas que uma mãe NÃO deve dizer à outra!

     Quando acabamos de ter nossos filhos (principalmente o primeiro), ficamos superinseguras. É um mundo totalmente novo e queremos vivenciar todos os momentos intensamente e curtir os pequenos minuto a minuto.
         É nesse cenário que chega outra mamãe “mais experiente” e começa a fazer as famosas comparações! É verdade que muitas vezes elas não são feitas com maldade mas, mesmo assim, são coisas que ninguém gosta de ouvir. Esse tipo de comentário nos faz sentir como “mães-ruins”. E a insegurança que já estava alta, bate no topo do ponteiro! Sem falar que faz parecer que nossos filhos são menos capazes e espertos…

1) Seu filho não anda??? Nossa, o meu já dá cambalhotas!
Uauuuuuu, parabéns!!!! Gente, dá licença que o menino prodígio chegou!
Como é CHATO esse tipo de comparações!! Na boa, qual o intuito: valorizar o filho dela ou diminuir o seu??


2) Ele tem 1 ano e apenas dois dentes??? O meu, com três meses já tinha cinco!
Querida, nesse caso, o estranho é o seu filho!!
O que acontece é algumas mães acabam falando coisas que ficam na cara que foram inventadas! Resultados de estudos realizados no Reino Unido pelo site Netmums, dizem que as mães mentem ou escondem fatos sobre a forma como cuidam dos filhos em conversa com outras mães ou com seus próprios pais. 69% das 5.000 mulheres que participaram da pesquisa admitiram ter escondido a verdade sobre a facilidade com que lidam com as exigências da vida familiar ou com relação à educação de seus filhos!


3) Meu filho de 8 meses faz aulinhas de música, natação, artes, culinária, judô… E o seu? Não faz nada?
Não. Prefiro que meu filho brinque em casa e fique comigo!
Coitada da criança… EU fico cansada de ouvir a quantidade de atividades que um bebezinho faz hoje em dia. Especialistas dizem que crianças de até dois anos precisam brincar muito. A partir daí, algumas rotinas podem ser impostas, mas sempre respeitando seu ritmo! A agenda lotada do pequeno pode deixá-lo estressado e refletir em uma atitude agressiva, irritação, desatenção, pesadelos, ansiedade, choro excessivo, impaciência e dificuldade de relacionamento interpessoal. Temos que ficar atentas!


4) Você NÃO o colocou na escola bilíngue? Mas quem não sabe falar inglês, fica fora do mercado de trabalho!
Ah, tá bom!! Só existe essa possibilidade para uma pessoa aprender a falar inglês?
Eu escuto bastante essa… Acho superbacana escola bilíngue, mas cada um faz sua escolha, certo? Cada um decide o acha melhor para seu filho!


5) Ele AINDA usa fraldas? Nossa, o meu parou de usar com um ano e um mês!
Ok, eu sou uma péssima mãe, meu filho é atrasado ou o seu filho é incrível? O que você quer escutar?
Como disse acima, cada um tem o seu ritmo!!


6) Não pode dormir no colo! Depois acostuma! Meu filho dorme sozinho no berço!
É você que vai carregar meu filho à noite para dormir?
Eu ouvi MUITO isso, porque os meus dormiam com balancinho. E hoje dormem sozinhos, sem mágica nenhuma. Tudo no seu tempo!!


7) Nossa, ele tá com a mão fria! Coloca um casaquinho nele, tadinho!
Tadinho por quê, minha filha?
Isso me incomoda, sabia? Parece que eu não estou sabendo cuidar deles direito e que sou desatenta… A mão pode até estar friazinha, mas pode deixar que eu estou cuidando dos meus filhos!


8) Meu marido é quem acorda todas as madrugadas e faz todas as trocas de fraldas. E o seu?
O meu, graças a Deus, é um SUPER paizão!! Não troca as fraldas, não acorda nas madrugadas (e nem acho que isso seja necessário), mas é um pai muito presente, muito carinhoso, alucinado pelos filhos e vice-versa. Para mim, isso é o mais importante!!
As comparações são tantas que são transferidas até para nossos maridos!


9) Nossa, quanto você engordou na gravidez? Já voltou ao seu peso? Eu voltei ao meu peso normal em dois meses!
Não sei o que responder… O que é que se faz com uma pergunta dessas? Senta e chora? Bate? Finge que não escutou? Ou dizer: “Jura? Nossa, não parece que você já perdeu tudo!! Tem certeza?”…
Esse tipo de pergunta, especificamente, acho que é de maldade. Todas as outras podem ser mera curiosidade, mas essa… Uma recém-mãe realmente não fala para a outra na boa intenção, não acham?


10) Ele senta? Ele engatinha? Ele anda? Ele fala? Ele come sozinho? Ele bate palminhas? Ele… Ele… Ele…
A lista é imensa!! A verdade é que essas perguntas e comparações sempre existirão e não existe certo e errado! Cabe a nós filtrarmos o que realmente importa. Se o pediatra disser que há algum tipo de atraso no desenvolvimento de nossos filhos, devemos ir mais fundo e talvez nos preocuparmos mas, fora isso, vamos tentar levar na esportiva! E, principalmente, vamos seguir nossa intuição de mãe! O fundamental é darmos muito amor, segurança e respeito para os nossos pequenos. Para o resto, digam simplesmente: eu sou diferente de você e você é diferente de mim!!!

sábado, 9 de novembro de 2013

Dica de filme: Gente Grande 2

Ontem à noite vimos o filme "Gente Grande 2"
É um filme leve e divertido (com algumas piadas sem graça e desnecessárias, mas tudo bem, sou meio crítica pra essas coisas). Confesso que eu estava precisando ver um filme assim, descompromissado, que não precise de grande esforço para se entreter...
E, como uma Mãe Humana que se preze, achei super legal a mensagem de família que esse filme transmite: o encontro de um filho rebelde com o pai que não conhecia, um pai de família que é apaixonado por sua mãe e faz companhia constante a ela nas coisas mais simples, a preocupação de um pai com sua filha que começa a se interessar em namoro, a possível chegada de um quarto filho na família.
TPM à parte, não resisti e chorei no final... mas isso não é novidade... rs
Fica a indicação ;)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Filhos, uma escola de amor.

Enquanto o vídeo, tão prometido, sobre minha experiência com o método natural não fica pronto, quero compartilhar com vocês o lindo testemunho de uma família querida e exemplar. Esse testemunho foi escrito por Renato Varges, responsável pelo blog "Vida sem Dúvida - Bioética à luz da verdade", que merece ser acompanhado diariamente, pois traz um material muito rico e essencial à favor da Vida.

Eis o testemunho:

No dia 07 de maio de 2013, meu quarto filho foi concebido. Poucos dias depois veio a confirmação da gravidez e naturalmente a notícia foi se espalhando.
Algumas pessoas como minha mãe e amigos próximos ficaram imensamente felizes e já foram logo dando palpite sobre o sexo do bebê. Outras pessoas já sorriram só com o canto da boca, respiraram fundo e deram uns parabéns amarelado ou por pura educação. Outras sequer conseguiram disfarçar seus pensamentos e teceram comentários divididos por categoria, os irônicos diziam: “vocês são animados hein!” ou “vocês não tem TV em casa?”; os pseudo-entusiastas: “vocês são guerreiros!” ou “nossa, que coragem!”; os calculistas: “mais um? meu Deus!” ou “quem vai pagar suas contas?” ou “vocês planejaram isso?” ou “já marcaram a laqueadura de trompas?”; e por fim os dramáticos: “foi um acidente?” ou “como vocês vão viver?” .
Comentários à parte, estamos imensamente felizes com a chegada do caçula da vez. No entanto, a decisão de escrever esse artigo é fruto do desejo de fazer uma pequena partilha do que vivo como pai e defensor da cultura da vida e expressar um pouco algo que me incomoda muito na cultura que vivemos atualmente.
Ah sim, você pode perguntar “E o que isso tem a ver com bioética?” Respondo: ABSOLUTAMENTE TUDO!!! Pois a bioética não pode ficar presa nos livros, conceitos e teorias, mas para defende-la e exercê-la com autoridade, é preciso antes de tudo acreditar nela na nossa própria vida.
Ao observar a postura de certos casais diante da realidade dos filhos, tenho me perguntado: Por que alguns casais estão convencidos de que os filhos são verdadeiros estraga prazeres da vida conjugal? De onde vem esta mentalidade de que os filhos diminuem a qualidade de vida do casal? Por que existe tanto espaço para a cultura materialista que só consegue enxergar os filhos como potenciais consumidores, gastadores e devoradores de salário? Por que alguns pais querem dar aos filhos um padrão de vida que não possuem como se isso fosse a fórmula do sucesso pessoal e familiar? Por que as pessoas tem tanto pavor do trabalho que as crianças dão em casa, enquanto se matam no trabalho para cumprir metas e conseguir promoções? Por que o cansaço e as exigências com a educação dos filhos são tão rejeitados? Por que as mulheres valorizam tanto o trabalho fora de casa como se educar um filho em casa não fosse um serviço tão ou mais nobre à sociedade quanto qualquer outro trabalho?
Passaria horas aqui somente escrevendo perguntas do tipo, mas esse não é meu objetivo, como também não é responde-las ou levantar um debate sobre cada um dos temas, isso daria um livro o qual eu não tenho competência para escrever.
Gostaria simplesmente de tentar descrever porque considero os filhos um dom preciosíssimo de Deus e uma verdadeira escola de amor. Nossos planos como casal nunca foram baseados no conforto, nem nas férias inesquecíveis na Disney, nem na casa dos sonhos, mas sempre foram baseados no papel que estávamos assumindo diante de Deus e da Igreja, ou seja, o compromisso de ser uma família. Não tenho nada contra as férias (aliás estou precisando das minhas), nem contra a Disney (dizem que é muito divertido), mas os que se casam confiando unicamente em planos materiais e só tomam decisões com a segurança da conta corrente não estão preparados para construir uma família que ama a Deus acima de todas as coisas e provavelmente não terão a fé como seu maior valor. Se você nunca pensou nisso ou simplesmente nem leva isso em consideração, sinceramente você tem meu respeito, mas, por experiência própria, posso garantir que o matrimônio como um empreendimento meramente humano perde uma dimensão que considero essencial.
Recordo quando descobrimos a gravidez do nosso 3º filho, uma pessoa chegou para mim e disse: “Ih… agora vocês se danaram. Saiba que o mundo foi feito pra quem tem no máximo dois filhos!” Eu estava um pouco destemperado no momento e respondi sem medir muito as palavras, mas expressando o que se passava no fundo do meu coração: – “E quem disse que nós geramos filhos pensando neste mundo minha senhora?”. Ela arregalou os olhos e viu que eu tinha me ofendido, mas fui obrigado a continuar, especialmente porque eu sabia que ela já havia criticado um outro casal amigo. Eu concluí dizendo: – “Uma família católica gera filhos para povoar o Céu e não nossas cidades, queremos gerá-los para a eternidade, pois é lá que desejamos encontrá-los um dia, a herança que temos para deixar para nossos filhos é a fé, o amor de Deus e a santidade, todo resto é consequência. O bem estar que ofereço é aquele que Divina Providência nos conceder” … Pelo silêncio acho que ela acabou entendendo. Mas é exatamente isso!
Um casal que rejeita o dom dos filhos ou se fecha irreversivelmente a essa possibilidade está invertendo em absoluto a razão de ser do matrimônio, do ato conjugal e do propósito de estarem unidos por um sacramento. Não estou aqui fazendo apologia à mera quantidade de filhos. Ninguém pode me acusar disso. Sobre esse assunto, o que digo é que existem quatro critérios que devemos adotar quando pensamos em ter filhos: 1. A confiança na vontade de Deus e na Divina Providência deve ser maior que nossos fundos de investimentos. 2. A quantidade de filhos não se calcula pela quantidade dos que já temos, mas pela generosidade com os que ainda podemos ter. 3. O próximo filho será ainda mais exigente, portanto, nos fará crescer ainda mais na partilha e no amor. 4. O melhor presente que posso dar aos meus filhos é o próximo irmão.
Ou seja, não é simplesmente uma questão ter muitos filhos, mas ter o máximo que o casal puder. Quanto mais filhos um casal tiver, mais experimentarão da Providência de Deus. Não estou fazendo apologia à irresponsabilidade, mas à generosidade.
Os filhos só terão sentido na vida de um casal e assim contribuir para a santidade da família se eles forem entendidos e acolhidos como dons de Deus e não como intrusos, vilões ou saqueadores de seu cheque especial. Você pode estar ai dizendo que isso é um exagero ou que eu vivo fora da realidade. Nada disso! Há momentos, não poucos, em que temos a impressão que os filhos exigem mais do que podemos dar, humana e financeiramente, ou que a educação que damos vai parar em qualquer outro lugar que não seja a cabecinha da criança. Isso tira qualquer um do sério, mas não justifica a rejeição dos filhos, nem a substituição do nosso papel na sua educação, muito menos achar que tudo que fizemos até hoje de nada valeu. Ultimamente, quando estou muito cansado e me pego rejeitando dar atenção ou calculando quanto amor vou dar a um filho, penso em três coisas, exatamente nessa ordem: 1. Como São José agiria nesse momento? 2. Nas crianças abortadas que não tiveram a chance de nascer. 3. Nas famílias que estão na fila da adoção na esperança de ter pelo menos um filho em casa. Pode parecer um pouco ingênuo, mas pelo menos funciona.
Há duas coisas que vem junto com os filhos. Uma é inversa e outra diretamente proporcional à sua quantidade. O tempo livre será sempre inversamente proporcional e o cansaço sempre diretamente proporcional à quantidade de filhos. Isso não tem escapatória! Quanto ao tempo, não tem jeito, se não tivessem os filhos, seria ocupado com outra coisa, talvez até menos nobre.
Nunca considero o tempo que passo com meus filhos uma perda, nem fico ponderando mentalmente o que eu poderia estar fazendo caso não estivesse ali com eles, pois isso seria uma espécie de traição e talvez diminuísse minha alegria de estar com eles. Não adianta, educação não se terceiriza e quem cai nessa cilada, muito cedo paga o preço. Educar os filhos exige muito mais esforço que os mais árduos trabalhos profissionais. Talvez por isso alguns preferem, consciente ou inconscientemente, distrair os filhos do que educá-los. Outros talvez tenham medo de colocar limites claros e dar punições para não perder a amizade dos filhos. Mas a realidade da boa educação exige exatamente o contrário. Meus filhos ainda são pequenos, ainda me idolatram como qualquer criança, mas tenho certeza que seria muito mais fácil eu perder a amizade futura dos meus filhos por não tê-los deixado aprender com as quedas do que pela liberdade que dei para aprenderem a caminhar com suas próprias pernas e entender que crescer e amadurecer dói. Educar é penoso e por vezes vergonhoso porque mostra muito mais os limites dos pais do que as capacidades dos filhos. Por isso, ao invés de fugir desta sadia responsabilidade, devemos abraça-la ainda com mais dedicação.
Quanto ao cansaço, esse é uma marca do sofrimento físico de quem ama. Um corpo sem as marcas do sofrimento, das exigências de quem se doa ao outro é um corpo que reflete muito mais o que faço para mim do que o que faço pelos outros. O corpo de quem ama é esculpido pelo amor e não pelas academias, por isso, nossos melhores “personal trainers” são nossos filhos. Um corpo que se desgasta por amor é um corpo sarado sim, mas sarado no sentido de ser curado a todo instante de um possível egoísmo ou fechamento aos outros.
Sempre confesso meu cansaço ao cuidar das crianças, mas ajudar nas tarefas de casa, dar as refeições, conviver com meus filhos, poder sorrir com eles, ouvir suas palhaçadas, consolar as dores das suas quedas, fingir que eles são engraçados, dar atenção, corrigir seus erros, tirar as dúvidas brincar, contar histórias, escovar os dentes, brigar, cantar e rezar com eles é um grande presente de Deus.
Concluo dizendo que só sabe educar quem decide amar. Definitivamente, amar não é uma emoção agradável, nem um sentimento gostoso, como descer numa montanha russa. Amor é uma decisão séria e comprometida que envolve em primeiro lugar a felicidade do outro e não a minha. Amar é um sim mútuo entre dois imperfeitos que se escolhem. Amar é decidir-se por fazer o que é melhor pelo outro ainda que isso custe o meu tempo, meus planos, meu sono, minha beleza, minhas últimas energias. Com alegria digo que Deus não me deu o dom da vida para ser retido, afinal, o que guardamos demais acaba perdendo a validade e apodrecendo. Nunca o cansativo cuidado com os meus filhos aliviou tanto meu cansaço.
Por fim, posso dizer, não se descansa apenas dormindo. Descansa-se acima de tudo amando e servindo aos outros. Quando se ama de verdade, até o sono é uma forma de amar, pois o repouso nos fará servir melhor aos outros ao despertar. Por essas e outras razões, posso afirmar que os filhos são uma escola de amor!

Renato, Luciana, Teresa, Laura, Tomé e Francisco, vocês são muito especiais para nossa família e seu testemunho de amor e servidão ao Senhor nos aproximam dEle a cada dia mais. Shalom! AE!


Nessa foto, três famílias que aceitaram o desafio de cumprirem a Vontade de Deus

domingo, 27 de outubro de 2013

Mini Sophia

Desde antes de nos casarmos, meu marido e eu já tínhamos optado pelo método natural para estarmos em comunhão com a Santa Igreja. No começo do casamento usei constantemente um aparelho que se chama “mini-sophia” que une todos os métodos naturais (tabela, temperatura, muco) e revela, com precisão, os dias férteis e não férteis. Quando quisemos ter o primeiro filho (que foi uma menina) foi uma bênção ter sido logo na primeira tentativa (já que eu nunca usara remédio anticoncepcional algum). Já o segundo filho foi um belo presente de Deus. Ainda usávamos o método natural, mas o Senhor quis que fosse de Sua Vontade que nosso menino viesse naquele momento, mesmo sem nos planejarmos para isso. Estamos casados há 8 anos e ainda usamos o método Billings (e o usarei até a menopausa), esperamos o momento propício para a vinda do terceiro filho, seja ele por nossos planos ou pelos planos de Deus. Resumindo: O método Billings é eficaz e une o casal!!! Somos testemunhas disso!


 Esse é apenas um pequeno testemunho pessoal meu. Apesar da correria diária, estou tentando preparar um post sobre o Método Billings. Aguardem!!! 

;)

sábado, 12 de outubro de 2013

“não peça para minha filha te beijar, é assustador!”



"Me dá um beijinho, dá." - disse o homem que me servia café.
Ele não estava falando comigo, mas era tão – se não mais – inapropriado.  Ele estava falando com a minha filha, Violet.
Não é a primeira vez. Nos últimos dois meses, outros dois conhecidos – um vizinho e um antigo amigo da família, durante um casamento – se abaixaram até a altura da minha filha de quatro anos e bateram nas próprias bochechas, exigindo um beijo dela.
Em cada uma dessas situações eu quis gritar, “não peça para minha filha te beijar, é assustador!”. Eu me lembro de bochechas se apresentando para mim quando eu era criança, e de me sentir muito desconfortável com essa intimidade forçada.
Mas apesar da minha própria experiência de infância, eu não me expressei pela Violet. Eu fiquei parada, em silêncio, e assisti enquanto ela hesitou, se esquivou e então cedeu.
Tenho certeza de que os três pidões – uma mulher e dois homens – são boas pessoas. Não estavam sendo maliciosos. E eu não quis ofendê-los ou fazer uma cena.
Fui a boa garota que se preocupa em agradar os outros. Exatamente o que tento ensinar a Violet a não ser. Eu priorizei a harmonia social e a satisfação de estranhos às vontades da minha filha.
Mas eu não vou fazer o mesmo de novo.
A razão é a de que um beijo não é só um beijo, não importa o quão inocente ou inofensivo o pedido seja. Ser complacente com o ritual de demandar afeto de uma criança é uma daquelas pequenas lições silenciosas do dia-a-dia, através das quais nós ensinamos aos nossos filhos – especialmente para as meninas – que eles devem reagir emocionalmente de forma a agradar os outros.
Isso atropela o esforço que fazemos  grande parte do tempo para mostrar às crianças que elas são donas dos seus próprios corpos. Ora, se seus corpos são mesmo delas, elas também precisam aprender que são responsáveis por seus instintos e desejos. Se uma criança não quer beijar um estranho – e, convenhamos, faz todo o sentido – então ela não deveria ter que beijar.
Eu quero que a Violet saiba que intimidade e afeto estão sempre sob seu controle. Que ela nunca deveria dá-los por obrigação. Ela não deveria ter que fazer isso só porque é o que as convenções sociais pregam.
Permanecendo calada, consentindo aos pedidos de afeto feitos por estranhos, eu efetivamente disse a minha filha que “é ok dizer não”- com exceções.
Essa mensagem é muito sutil para uma criança de 4 anos compreender. Ela só pode ser compreendida em termos absolutos. O que significa que o que a Violet tem que saber realmente é que, se ela não quiser beijar alguém, não precisa. Ela também tem que entender que eu sempre vou apoiá-la, ainda que eu acabe criando uma situação embaraçosa para mim ou para o estranho que pedir o beijo.
Um casal de amigos, que também acha bem estranho pessoas exigirem beijos das crianças, dribla essa bizarrice social sugerindo que seus filhos devolvam ao pidão um high-five ou um aperto de mão.

image
High-five nele.

Essas ideias ao menos aumentam as possibilidades de respostas das crianças quando há uma aproximação e um pedido. Elas são apresentadas ao mundo dos comprimentos e da cordialidade, reconhecendo o outro e, ao mesmo tempo, criando limites.
Acho que é uma boa opção para aproximações amigáveis, mas ainda acredito que precisamos deixar claro para nossos filhos que, sempre que eles se sentirem desconfortáveis ou pressionados nessas situações, têm o direito de dizer não. Ainda que a negativa deixe alguém ofendido.
Limites pessoais são ensinados – ou deveriam ser ensinados – cedo e com consistência. Correndo aqui o risco de soar professoral, digo que, na próxima vez que alguém pedir um beijo para a minha filha, vou fazer da situação uma grande lição. Uma oportunidade para reforçar a mensagem – na prática e na teoria – de que a única pessoa que decide quem é que ela beija é ela mesma.

Fonte: Cinese

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Casa arrumada

 
Carlos Drummond de Andrade
 "Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa
entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um
cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os
móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras
e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições
fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca
ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar."

sábado, 5 de outubro de 2013

Relação sexual e contracepção: perguntas e respostas à luz da fé católica




1. Para que serve a união sexual?
Para exprimir o amor entre os cônjuges e para transmitir a vida humana.
2. Toda relação sexual tem que gerar filhos?
Não necessariamente. Mas ela deve estar sempre aberta à procriação. Senão ela deixa de ser um ato de amor para ser um ato de egoísmo a dois.
3. Uma mulher depois da menopausa não pode mais ter filhos. Ela pode continuar a ter relações sexuais com seu marido?
Pode. Pois não foi ela quem pôs obstáculos à procriação. Foi a própria natureza que a tornou infecunda.
4. Um homem que tenha o sêmen estéril não pode ter filhos. Mesmo assim ele pode ter relação sexual com sua esposa?
Pode. Pois não foi ele quem pôs obstáculos à procriação. Foi a própria natureza que o tornou infecundo.
5. E se o homem ou a mulher decidem por vontade própria impedir que a relação sexual produza filhos?
Neste caso eles estarão pecando contra a natureza. Pois é antinatural separar a união da procriação.
6. Quais são os meios usados para separar a união da procriação?
Há vários meios, todos eles pecaminosos:
a) o onanismo ou coito interrompido: consiste em interromper a relação sexual antes da ejaculação (ver Gn 38,6-10)
b) os métodos de barreira, como o preservativo masculino (condom ou “camisinha de vênus”), o diafragma e o preservativo feminino.
c) as pílulas e injeções anticoncepcionais, que são substâncias tomadas pela mulher para impedir a ovulação.
7. Como é que a pílula anticoncepcional funciona?
A pílula anticoncepcional é um conjunto de dois hormônios – o estrógeno e a progesterona – que a mulher toma para enganar a hipófise (uma glândula situada dentro do crânio) e impedir que ela produza o hormônio FSH, que faz amadurecer um óvulo. A mulher que toma pílula deixa de ovular, pois a hipófise está sempre recebendo a mensagem falsa de que ela está grávida.
8. A pílula é um remédio para não ter filhos?
Você não chamaria de remédio a um comprimido que alguém tomasse para fazer o coração parar de bater ou para fazer o pulmão deixar de respirar. O que a pílula faz é que o ovário (que está funcionando bem) deixe de funcionar. Logo ela não é um remédio, mas um veneno.
9. Quais são os efeitos desse veneno?
Além de fechar o ato sexual a uma nova vida, a pílula – conforme estudos realizados – expõe a mulher a graves conseqüências para a sua saúde. Eis algumas delas:
  • doenças circulatórias: varizes, tromboses cerebrais e pulmonares, tromboflebites, trombose da veia hepática, enfarto do miocárdio;
  • aumento da pressão arterial;
  • tumores no fígado;
  • câncer de mama;
  • problemas psicológicos, como depressão e frigidez;
  • obesidade;
  • manchas de pele;
  • cefaléias (dores de cabeça);
  • certos distúrbios de visão;
  • aparecimento de caracteres secundários masculinos;
  • envelhecimento precoce.
(Cf. GASPAR, Maria do Carmo; GÓES, Arion Manente. Amor conjugal e paternidade responsável. 2. ed. Vargem Grande Paulista: Cidade Nova, 1984, p. 50-51.)
10. É verdade que as pílulas de hoje têm menos efeitos colaterais do que as de antigamente?
É verdade. Para reduzir os efeitos colaterais, os fabricantes diminuíram a dose de estrógeno e progesterona presentes na pílula. Isto significa que cada vez menos a pílula é capaz de impedir a ovulação.
11. Assim as mulheres de hoje que usam pílula podem ovular?
Podem. E, caso tenham relação sexual, podem conceber. Mas quando a criança concebida na trompa chegar ao útero, não encontrará um revestimento preparado para acolhê-la. O resultado será um aborto.
12. Então a pílula anticoncepcional é também abortiva?
Sim. Este é um dos seus mecanismos de ação: impedir a implantação da criança no útero. Isto está escrito, por exemplo, na bula de anticoncepcionais como Evanor e Nordette: “mudanças no endométrio (revestimento do útero) que reduzem a probabilidade de implantação (da criança)”. A bula de Microvlar diz: “Além disso, a membrana uterina não está preparada para a nidação do ovo(a criança)”.
13. Em resumo, quais são os mecanismos de ação das pílulas ou injeções anticoncepcionais?
a) inibir a ovulação;
b) aumentar a viscosidade do muco cervical, dificultando a penetração dos espermatozóides;
c) impedir a implantação da criança concebida (aborto).
14. Existem dias em que a mulher não é fértil. Nesses dias o casal pode ter relação sexual?
Pode. Pois ao fazer isso eles não colocam nenhum obstáculo à procriação. A própria natureza é que não é fértil naqueles dias.
15. O casal pode procurar voluntariamente ter relações sexuais somente nos dias que não são férteis, a fim de impedir uma nova gravidez?
Pode, mas deve ter razões sérias para isso. Pois em princípio um filho não deve ser “evitado”, mas desejado e recebido com amor. Uma família numerosa sempre foi considerada uma bênção de Deus (Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 2373).
16. Como se chama a abstinência de atos conjugais nos dias férteis?
Chama-se continência periódica. É popularmente conhecida como “método natural” de regulação da procriação. Não se deve falar em “planejamento familiar”, pois esse termo foi criado pelos defensores do aborto, da esterilização e da anticoncepção. Os documentos oficiais da Igreja nunca usam a expressão “planejamento familiar”. Ao contrário, usam paternidade responsável ou procriação responsável.
17. Que diz a Igreja sobre a paternidade responsável?
“Em relação às condições físicas, econômicas, psicológicas e sociais, a paternidade responsável exerce-se tanto com a deliberação ponderada e generosa de fazer crescer uma família numerosa, como com a decisão, tomada por motivos graves e com respeito à lei moral, de evitar temporariamente, ou mesmo por tempo indeterminado, um novo nascimento” (Paulo VI, Encíclica Humanae Vitae, n.º 10).
18. Dê exemplos de motivos graves que seriam válidos para se limitar ou espaçar os nascimentos através da continência periódica.
Nas palavras de Dom Rafael Llano Cifuentes, “já que o matrimônio se ordena, por sua própria natureza, aos filhos, esta decisão [de praticar a continência periódica] só se justifica em circunstâncias graves, de ordem médica, psicológica, econômica ou social”.
As razões médicas “poderiam reduzir-se a duas:
1º) perigo real e certo de que uma nova gravidez poria em risco a saúde da mãe;
2º) perigo real e certo de transmitir aos filhos doenças hereditárias”.
“As razões psicológicas estão constituídas por determinados estados de angústia ou ansiedade anômalas ou patológicas da mãe diante da possibilidade de uma nova gravidez”.
“As razões econômicas e sociais são aquelas situações problemáticas nas quais os cônjuges não podem suportar a carga econômica de um novo filho; a falta de moradia adequada ou a sua reduzida dimensão, etc.
Estas razões são difíceis de avaliar, porque o padrão mental é muito variado e porque se introduzem também no julgamento outros motivos como o comodismo, a mentalidade consumista, a visão hipertrofiada dos próprios problemas, o egoísmo, etc.” (CIFUENTES, Rafael Llano. 274 perguntas e respostas sobre sexo e amor. 2. ed. Rio de Janeiro: Marques Saraiva, 1993. p. 141.)
19. Um casal poderia utilizar a continência periódica sem ter nenhum motivo sério para espaçar ou limitar o número de filhos?
Não. Se fizesse isso estaria frustrando o plano de Deus, que disse: “Crescei e multiplicai-vos” (Gn 1,22). Para evitar que o casal decida valer-se da continência periódica por motivos egoísticos, a Igreja dá aos confessores a seguinte orientação: “… será conveniente [para o confessor] averiguar a solidez dos motivos que se têm para a limitação da paternidade ou maternidade e a liceidade dos métodos escolhidos para distanciar e evitar uma nova concepção” (PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A FAMÍLIA, Vade-mécum para os confessores sobre alguns temas de moral relacionados com a vida conjugal, 1997, n.º 12).
20. É mais fácil educar um só filho do que muitos?
O Papa João Paulo II, quando ainda era cardeal de Cracóvia, escreveu: “A família é na realidade uma instituição educadora, portanto é necessário que ela conte, se for possível, vários filhos, porque para que o novo homem forme sua personalidade é muito importante que não seja único, mas que esteja inserido numa sociedade natural. Às vezes fala-se que é ‘mais fácil educar muitos filhos do que um filho único’. Também diz-se que ‘dois não são ainda uma sociedade; eles são dois filhos únicos’”(WOJTYLA, Karol. Amor e responsabilidade: estudo ético. São Paulo: Loyola, 1982. p. 216.)
De fato, o filho único está arriscado a ser uma criança problema. Recebe toda a atenção dos pais e não está acostumado a dividir. Poderá ter dificuldade no futuro ao ingressar na sociedade civil. Já um filho com muitos irmãos acostuma-se desde pequeno às regras do convívio social. Os irmãos maiores ajudam a cuidar dos menores, e todos crescem juntos.
21. Quantos métodos naturais existem para regulação da procriação?
Existem vários métodos usados para se identificar os dias férteis da mulher, a fim de que o casal possa praticar a continência periódica.
a) o método Ogino-Knauss, ou método da tabela. É o mais antigo de todos e tem pouca eficácia. Hoje seu uso está abandonado.
b) o método da temperatura. Baseia-se na observação da temperatura da mulher, que varia quando ocorre ovulação. O aparelho Mini-Sophia é uma versão eletrônica e computadorizada do uso deste método.
c) o método Billings, que se baseia na observação do muco cervical, que se torna fluido e úmido nos dias férteis, e seco nos dias inférteis. Não exige que o ciclo menstrual seja regular. Pode ser usado pelos casais mais pobres e mais incultos.
22. É verdade que o método Billings “não funciona”?
“Não funciona” para os fabricantes de anticoncepcionais, que não querem perder seus lucros. Mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a eficiência do método é de 98,5 %. Ele foi testado em diversos países como Filipinas, Índia, Nova Zelândia, Irlanda e El Salvador.
23. Mas não é muito mais cômodo tomar a pílula anticoncepcional do que abster-se de relações sexuais em certos dias?
Sem dúvida é mais cômodo. Mas o verdadeiro amor se prova pelo sacrifício.
24. E se a mulher engravidar apesar de praticar a continência periódica?
O filho deve ser recebido com amor e alegria. Aliás, o casal já deveria estar contando com esta possibilidade. A atitude de abertura à vida é fundamental para o verdadeiro amor.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Pernambucana doa mais de 300 litros de leite e quer entrar para o Guinness

Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que apenas 38% das crianças do planeta são aleitadas pelas mães até os seis meses, algumas mulheres têm produção que ultrapassa o normal. De acordo com o Guinness World Records, a maior doadora de leite no mundo é a norte-americana Sara Pascale, com 331,22 litros. No entanto, uma brasileira de Pernambuco diz ter batido este recorde com 335,2 litros, doados em sete meses para instituições do estado.
Michele Rafaela Maximino, de 31 anos, é mãe de três filhos, pesa 53kg, diz ser saudável e obtém o excedente de 1,5 litro de leite por dia. “Eu pensava que era a produção normal, até que passei a pesquisar sobre aleitamento”, afirma. E o excesso acabou mudando os rumos dela. “Eu era técnica de enfermagem e hoje sou dona de casa. Abandonei a profissão para doar. Agora eu tenho outras famílias”, diz Michele Rafaela.

A dona de casa mora na cidade de Quipapá, Mata Sul de Pernambuco, e começou a doar em fevereiro, quando esteve no Recife. Desde então, encontrou um banco mais perto, no Hospital Jesus Nazareno, em Caruaru, Agreste. Nesta segunda-feira (30), ela doou oito litros à unidade e recebeu um certificado pelo histórico de ajudas.
Segundo a médica Flora Freitas, diretora do Hospital Jesus Nazareno, há 39 doadoras registradas no banco e Michele Rafaela é excepcional. “O habitual é a mulher doar um litro de leite por semana”, informou. Ederval Trajano afirma que foram realizados vários exames que atestaram normalidade. “Ela fez até o de prolactina [hormônio estimulante das glândulas e mamas], que está alto, mas compatível à produção saudável”, diz.


Fonte: G1

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Anvisa proíbe a venda de 25 alimentos infantis

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição da venda de todos os lotes de 25 alimentos infantis sem registro da empresa Nutrifam, de Votorantim (SP).
A proibição vale para sopinhas, risoto e sobremesas, entre outros alimentos. Vale lembrar que todos os produtos destinados ao público infantil precisam ser aprovados pela Agência.
Conversamos com a Anvisa para entender a proibição e, o mais importante, saber como consumir alimentos com segurança. Confira.

Na notícia liberada pela Anvisa, a agência alega que proibiu a venda porque os produtos estão sem registro, no entanto, a maioria dos alimentos é isenta de registro. Como isso é possível?
Anvisa: A resolução-RDC 27/2010 prevê obrigatoriedade de registro para seis categorias de alimentos, consideradas de maior risco sanitário, dentre elas, os alimentos infantis. Portanto, todos os alimentos destinados a lactentes (criança de zero a 12 meses de idade incompletos) e a crianças de primeira infância (criança de 12 meses a 3 anos de idade) devem ter registro na Anvisa.

Existe risco em ingerir tais alimentos?
Anvisa: Não há como saber se o alimento apresenta riscos à saúde até que ele possua registro e seja avaliado pela Anvisa.

Os produtos destinados ao público infantil precisam ser aprovados pela Agência. Como se dá a regularização destes produtos? Como o consumidor pode ter certeza que o produto foi aprovado pela agência?
Anvisa: Há uma série de normas relativo aos produtos destinados ao público infantil. A Anvisa possui em seu portal, uma área exclusiva para Consulta de Produtos e Notificação de problemas encontrados no uso dos produtos sob vigilância sanitária. Além disso, a Agência também disponibiliza de um número de telefone para o atendimento ao cidadão, que é o 0800-642 9782.

Veja a lista de produtos proibidos pela resolução da Anvisa, segundo o portal da Agência:
- Sopa de fubá marca Nutrifam Baby
- Sopa de legumes com arroz marca Nutrifam Baby
- Sopa tradicional com carne marca Nutrifam Baby
- Sopa de abóbora com espinafre marca Nutrifam Baby
- Sopa de mandioquinha com beterraba marca Nutrifam Baby
- Caldo verde marca Nutrifam Baby
- Sopa de beterraba marca Nutrifam Baby
- Sopa de mandioquinha e hortaliças marca Nutrifam Baby
- Sopa tradicional de frango marca Nutrifam Baby
- Sopa de macarrão com beterraba marca Nutrifam Baby
- Canja marca Nutrifam Baby
- Sopa completa de batata marca Nutrifam Baby
- Sopa de grão de bico marca Nutrifam Baby
- Sopa de soja marca Nutrifam Baby
- Sopa de feijão branco marca Nutrifam Baby
- Sopa de lentilha marca Nutrifam Baby
- Sopa de ervilha marca Nutrifam Baby
- Sobremesa de salada de frutas marca Nutrifam Baby
- Sobremesa de maçã com ameixa marca Nutrifam Baby
- Sobremesa de manga marca Nutrifam
- Risoto de frango marca Nutrifam Crescer
- Strogonoff de carne marca Nutrifam Crescer
- Jardineira de legumes marca Nutrifam Crescer
- Espaguetti à bolonhesa marca Nutrifam Crescer
- Espaguetti com frango marca Nutrifam Crescer


Fonte: Bebe.com.br

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Saúde ou Educação?

Questão:
Você tem filhos, mas não tem plano de saúde e eles estudam em escola pública. Se você tiver a oportunidade de dar uma coisa ou outra aos seus filhos, o que você escolheria? Saúde ou Educação?
Por favor, comente e coloque seus motivos (a mãe humana aqui agradece ;) )


sábado, 28 de setembro de 2013

Dica de Filme

Hello, moms!!!!!

Quanto tempo eu não conseguia passar por aqui! Trabalho novo, faculdade, filhos... Como sou uma Mãe Humana ao extremo, alguma coisa acaba ficando de lado. Uma não, várias! E uma delas foi o blog, me perdoem...

Mas, mesmo em meio a essa correria louca, consegui parar um pouco pra ver um filminho com o marido um dia desses. O filme é lindo, engraçado, "super-a-ver" com nosso blog e, confesso, tenho uma quedinha por filme francês.

O Pequeno Nicolau relata a história de um menino, o Nicolau (Maxime Godart), que leva uma vida tranquila, sendo amado por seus pais e com diversos amigos, com os quais se diverte um bocado. Um dia ele surpreende uma conversa entre os pais, a qual faz com que acredite que sua mãe está grávida. Ele logo entra em pânico, pois acredita que assim que o bebê nascer ele não mais receberá atenção e será abandonado na floresta, assim como ocorre nas histórias do Pequeno Polegar, de Perrault.

Vale a pena ver! A Clara amou e o viu umas 3 vezes ao menos (só não viu mais porque precisamos devolvê-lo à locadora).

Fica a dica ;)

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Manifesto de um pai que participa!

Sou pai de duas princesas. A Vitória de 4 anos e a Giovana que acabou e fazer 1 ano. Desde os primeiros minutos de vida delas eu procuro participar de tudo. Lembrando bem, antes mesmo delas nascerem eu já participava, fui em todas as consultas e exames que foram necessários.
As pequenas nasceram e logo foram para estrada comigo. Viajamos muito, afinal, esse é meu trabalho: viajar para dar dicas de viagem com crianças aqui no blog. E foi participando intensamente da vida delas que logo criei coragem e comecei a viajar sozinho com a Vitória. Claro, que começamos de leve, conhecemos muitos resorts que tem a estrutura que precisamos.
Mas logo percebi que tem um momento nessas deliciosas viagens que me incomoda. Visualize esta situação: você está todo empolgado para viajar, chegou no aeroporto e tá começando a aproveitar aqueles bons momentos pai-e-filha. Chega uma hora que ela pede para ir ao banheiro. Ela é menina. Você é menino. Ela ainda não sabe ir ao banheiro sozinha. Você tem que acompanhá-la. A não ser que queira ser preso por atentado ao pudor, o banheiro feminino está fora de cogitação. O jeito é levar a sua pequena, toda delicada, ao banheiro masculino. E é aqui, meus amigos, que a coisa complica.
É claro e inevitável que apareçam as perguntas do tipo: “Pai, porque essas privadas na parede?”. Isso é o de menos. É até divertido. O problema mesmo é a limpeza. Tem lugar que é horrível e já segurei minha filha no alto para ela fazer seu xixi algumas vezes.
E é por estar cansado desta situação, que aproveito meu blog, que tantos pais visitam, para pedir banheiros familiares e fraldários em banheiros masculinos.
Pense bem, os tempos mudaram. Pais levam as filhas no banheiro, papais sabem trocar fralda, passeiam e viajam com seus filhos.
Mas, somos obrigados a levar nossas pequenas ao banheiro masculino por falta de opção. E para quem passeia com suas bebês é a mesmo coisa! Tá na hora de acabar com essa coisa de só ter fraldários nos recintos femininos. Precisamos de um lugar para ajeitar nossas filhotas sem constrangimento e com higiene.




Fonte: A Janela Laranja