sexta-feira, 26 de junho de 2015

Famílias Numerosas na 'tolerante' sociedade moderna



Texto extraído do blog Mother of nine9



Em minha experiência como mãe de nove filhos, encontrei mais condenações que aceitações e mais questões que entendimento.

Talvez isso ocorra porque não me encaixo no estereótipo de mãe de uma grande família. Sou pequenina, pareço mais nova do que realmente sou e durante toda a minha vida as pessoas me apelidaram “fofa”.

Então, a primeira reação das pessoas comigo é espanto; seguida de confusão ao me verem feliz.

Agora sou uma super feliz, fofa e pequenina mãe de nove simples e assustadoras pessoas. Eu quebro todo o preconceito.

A típica imagem de mãe de muitos filhos é de uma mulher grande, experiente, robusta, desagradável que eficientemente comanda suas jovens e elétricas crianças com pouco tempo para proteger ou amar tais pobres e carentes filhos.
        
Pais de duas crianças não podem entender como a mãe de uma grande família lida com todo o trabalho necessário para manter limpa e arrumada a casa, enquanto ainda tem tempo o suficiente para amar cada um de seus filhos. No entanto, é mais fácil viver rodeada de filhos que ter apenas poucos. Em uma grande família, o filho de 7 anos lerá repetidamente o mesmo livro para a filha pequena que ama um livro em particular. O filho de 10 anos se sente importante quando ele consegue ajudar seu irmão de 6 anos com suas dificuldades de leitura. A jovem adolescente irá ficar feliz em conseguir colocar um pequeno e dependente bebê para dormir.

Para mim, a família começou com três porque somente então criou-se uma comunidade. Uma comunidade trabalha e brinca junto e, para crianças pequenas, trabalhar é tão divertido quanto brincar. Incluí todo mundo nas rotinas diárias de casa e fiz da rotina uma diversão. Certa vez, a educadora experiente de um Colégio Montessori (ensino para crianças através de atividades e jogos) me disse que a política em minha casa era bem parecida com a do colégio. Que incrível confirmação isso foi para mim! Minhas crianças não se tornaram carentes porque eu não pude sentar e brincar com eles de acordo com o senso tradicional. Ao invés disso, eles recebiam uma boa experiência educacional simplesmente porque eu os integrava no dia-a-dia da casa.

Nunca era cedo demais para dar a uma de minhas crianças o trabalho de pegar os brinquedos que seu irmão mais novo havia deixado cair da cadeirinha em que estava. O segredo estava em delegar a cada um uma função de acordo com seus talentos, mas nunca obrigá-los a fazer algo que não gostassem como se estivessem no exército. Eles cortaram lenha, ajudaram a consertar o carro, apararam o jardim e tomaram conta dos animais. Se adolescentes são ainda tratados como crianças ou são muito favorecidos, eles deixam de buscar um objetivo e se tornam rebeldes. Quando os pais apreciam as contribuições de seus filhos, a confiança deles floresce e amadurece.
        
Empregadores amam minhas crianças porque elas sabem como trabalhar e não têm nada por garantido. Muitos têm dito,“Vou dar emprego a qualquer um que tenha Juneau por sobrenome.”

Famílias numerosas fortalecem a base da nossa sociedade. Elas vivem vidas de grande interconectividade. Se você não tem muito dinheiro,  não está sozinho. Você aprende  a compartilhar suas habilidades e coisas com os outros. Quando minhas crianças vão para alguma graduação ou universidade, se adaptam muito bem a dormitórios e casas coletivos. Imagine então, eles já sabem dividir um banheiro para várias pessoas! Eles sabem como lidar com personalidades difíceis, como dar e como receber. Para iniciantes, eles também sabem cozinhar e depois limpar o que sujaram.

Francamente, grandes famílias beneficiam a sociedade. Então abra sua mente e o seu coração na próxima vez que vir ou ouvir algo do tipo. A condenação é realmente difícil de lidar e totalmente injusta em uma sociedade que ama dizer ter a cabeça aberta e ser tolerante.
 

domingo, 21 de junho de 2015

Como ser mãe e ter uma vida de oração?

"Persevera na oração. - Persevera, ainda que o teu esforço pareça estéril. - A oração é sempre fecunda."
(ponto de meditação 101, Caminho, São Josemaría Escrivá)



"Não tenho tempo!" Essa é a frase que mais escutamos. Pior: nós a dizemos. 
Numa rotina corrida e atribulada, como cultivar uma vida de oração? Como não nos afogarmos em tantos afazeres, preocupações, distrações?
Não quero propor aqui um manual para a vida materna de oração, mas espero que essas "dicas" as ajudem na luta diária em busca da santidade.

Ei-las:

1-      Reze o terço (se possível o rosário): Para as mães que trabalham fora de casa, uma boa solução é ter um rosário sempre consigo. O trajeto até o serviço é um tempo precioso para andarmos (seja a pé ou de ônibus) enquanto meditamos os santos mistérios. Para as que dirigem, uma boa providência é ter um cd para ouvir e rezar no trânsito (e isso também te ajudará a ter mais calma rs), pode-se também salvar no celular, na pasta de músicas, para ouvir e rezar a todo tempo que achar oportuno. As mães em tempo integral também podem usar desses artifícios do cd ou celular: arrumando a cozinha, lavando o banheiro, passando roupa, enfim... tantas tarefas em que suas mãos estão ocupadas, mas seu coração pode estar unido à Santíssima Virgem.

2-      Faça jejum:  Especialmente na sexta-feira. O jejum é um caminho de purificação para nossas vontades e apelos corporais. A sexta-feira foi escolhida pela Santa Igreja por ser um dia de penitência e recomenda-se a abstinência de carne (animais de ‘sangue quente’- mamíferos e aves) e de guloseimas em geral. Não é nada complicado! Quando formos preparar o cardápio semanal, deixemos esse dia com o mínimo de “luxo” possível: omelete de queijo, macarrão com atum/sardinha, suflê de legumes, sopa de legumes, etc. são tantas as possibilidades para os adultos e as crianças, sem privá-los da parte nutricional necessária, mas adentrando-os no caminho da mortificação. Há vários tipos de jejum, escolha um e consagre ao Senhor sua vontade de estar unida à Sua Dor.

3-      Vá à Missa com seus filhos: A criança precisa estar em constante contato com o exemplo dos seus pais e não adiantará, mais tarde, mandá-la ir à Igreja se, quando criança, você não se esforçou para levá-la. Criança é criança em qualquer lugar que esteja. Se sentirá entediada por não poder sair do lugar, vai querer levar mil e um brinquedos, vai pegar o celular na sua bolsa pra mexer, vai chorar, querer dormir, mas nada disso é mais importante do que estar na Casa do Senhor, no Dia do Senhor, comungando de seu Corpo e Sangue, escutando Sua Palavra com seu marido, seus filhos e sua comunidade. Por experiência própria, levo os meus filhos à missa TODOS os domingos e dias santos de guarda e, sempre que conseguimos (menos do que gostaríamos), durante a semana. Fazemos isso desde que eles nasceram. Nunca faltaram, salvo o dia em que estavam doentinhos a ponto de não poderem sair de casa (mesmo nesse caso, um de nós vai a um horário com um filho, enquanto o outro cuida do que está doentinho). Com o tempo e o costume, as crianças vão compreendendo a liturgia e passam a participar da missa com mais disciplina. Sem ilusões, não queiram colocar asas nem auréolas nos seus filhos dentro da Igreja, há dias em que eles estarão mais “atacados”, uma boa conversa quando chegar em casa e outra antes de sair para a próxima Celebração o educará.

4-      Confesse-se regularmente: A Igreja nos ordena que nos confessemos ao menos uma vez ao ano, na Páscoa. Ao menos! Qual a mãe perfeita, sem erros e omissões? Se mantivermos nosso exame de consciência em dia veremos o tanto que podemos melhorar, não só para nossos filhos e maridos, mas para com Deus, o Amado de nossas almas. Para isso, para a reconciliação da nossa alma tão infiel a Deus, a Confissão se faz necessária sempre que possível. Melhor ainda se for com um Sacerdote que possa ser seu Diretor Espiritual, aquele que lhe ajudará a alcançar a santidade cotidiana.

5-      Conheça a vida dos Santos: Há um tempo atrás me peguei pensando: ‘Como ser mãe e ser santa? Como educar, impor limites, sem ultrapassar a linha da misericórdia? Como não perder a paciência? Como isso? Como aquilo?’ E foi conhecendo a vida de santas canonizadas pela Igreja que vi ser esse um caminho possível e de virtudes incríveis. Alguns exemplos: Santa Mônica; Santa Gianna Beretta Molla (minha madrinha nesse ano de 2015); a mãe de Santa Teresinha que será canonizada em breve juntamente com seu esposo, bem-aventurada Zelie Martin; a mãe de São Bernardo de Claraval, bem-aventurada Aletha (Alice em Português). Grandes mulheres, humanas como nós, verdadeiros exemplos de vida em Deus.

6-      Faça a leitura diária da Palavra: Antes de sair do seu quarto, pela manhã, leia a liturgia do dia (há livros com a liturgia diária e até aplicativos para celular com essa finalidade). Fazendo isso, você estará em comunhão com a Igreja do mundo todo e poderá refletir no que o Senhor quer para você com essa Palavra (Lectio Divina). Quem sabe, ao fim do dia, essa não será uma boa história para contar aos seus filhos antes de dormir?

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Delicadezas para o dia-a-dia

Nossa rotina é tão corrida que nem damos conta do tanto de beleza que perdemos por aí. Então, que tal deixar nosso home-sweet-home num lugar mais prazeroso de se estar?!
Vão aqui algumas inspirações fáceis de fazer:







Vamos lá! Mãos à obra ;)

* fotos de internet

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Xô procrastina!



Procrastinar = v.t.d. e v.i. Adiar; deixar alguma coisa para depois: procrastinei o começo do trabalho; estava na Internet para procrastinar. Transferir a realização de alguma coisa para um outro momento; prorrogar para outro dia: procrastinei a viagem para o ano que vem; não fazia nada e gostava de procrastinar. (Etm. do latim: procrastinare)

Muito prazer, eu sou a própria procrastinação personificada. Melhor, era (do verbo “preciso urgentemente deixar de ser”).

Vários fatores desencadearam essa sede de mudança: o site Vida Organizada (juntamente com o livro de mesmo nome e de autoria da blogueira Thais Godinho); o curso De Volta ao Lar, da Camila Abadie (blogueira do Encontrando Alegria) e nosso grupo da turma do Curso, onde podemos partilhar e trocar experiências; mas, sobretudo, a Lectio Divina e a vida de oração que o estudo da Palavra nos leva a buscar.

Não, definitivamente não dá pra esperar que “aconteça o melhor”  sem definir prioridades, sem ouvir o que Deus quer para nós como vocação individual, sem colocar em prática o que a Palavra nos exorta, sem sair do comodismo, sem o mínimo de organização para encarar uma rotina que envolve vida espiritual, vida profissional, vida de dona-de-casa, vida de mãe, vida de esposa.

Daí que há dois dias atrás me peguei pensando: “Chega de sonhos... Vamos às metas!” Fiz uns cálculos, coloquei umas anotações no papel, chamei o marido pra conversar. Você pode pensar: "Doida... já estamos no meio do ano..." Te respondo: Faltam ainda 197 dias para o ano acabar. Start!!!

Que Deus nos abençoe nessa nova empreitada!
Amém!