segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Palavras de uma "médica humana"

Todo ano é a mesma coisa, não interessa o quanto o país cresça, o quanto o ser humano evolua, a ignorância permanece e as crianças são sempre as maiores vítimas. Não importa se pobre ou rica, não aceito desculpa para tanta negligência. Onde está o instinto materno, onde está aquele sexto sentido tão falado, onde está o amor de mãe, que coloca o filho sempre em primeiro lugar? O verão chega e as crianças chegam às emergências desidratadas, com vômitos e diarreias que nunca passam, porque comem na rua, alimentos gordurosos e mal conservados, não bebem água, só refrigerante, e existe até o absurdo de crianças que NUNCA comeram sequer uma fruta. Porque a mães estão cada vez mais preguiçosas... Chegam casos inacreditáveis de queimadura por exposição solar!!! E disso, eu vejo o motivo com meus próprios olhos, diariamente, de mãos atadas: mães que chegam com crianças, bebês de colo, depois do meio dia à praia. Devia ser considerado crime contra o menor esse tipo de irresponsabilidade dos pais. Eu sou adulta e meu corpo não tolera o sol depois de 11h da manhã, mas quando estou indo pra casa é que vejo os pais chegando com as crianças, sabe se lá se, no mínimo, estão usando protetor solar. Queria ter o poder de dar voz de prisão a esses criminosos. Obesos, muitos obesos, menores que se queixam de dor nas articulações por causa do excesso de peso, mal conseguem respirar ao fazer qualquer esforço. Pais que deixam os menores passando mal por dias e lotam as emergências na véspera dos feriados, dando todo o tipo de justificativa para pedir um atestado, já que hoje finalmente elas precisaram "matar o trabalho" porque o filho necessitava urgentemente de atendimento; ontem não! E quantas políticas governamentais, demagogas e eleitoreiras, essas mães têm a seu favor. Estão sempre protegidas pela hipocrisia dessa sociedade que não participa, não vê, mas defende seus ideais pseudo-socialistas de araque, baseados em teorias que jamais viveu ou sentiu na pele. As histórias só têm mesmo na prática a perspectiva que convém, ninguém quer realmente enxergar a verdade e nós compactuamos todos os dias com esse mundo dominado pela hipocrisia do benefício próprio e dessa "intelectualidade arrogante e burra" de alguns pensadores atuais. Talvez, minha fala seja inútil, mas sempre que puder vou falar... Vivemos numa luta desumana e desleal mas não vou abaixar a cabeça e atestar a minha derrota, enquanto eu tiver saúde pra trabalhar e inteligência pra não ser mais um ser humano vazio, alienado e conformado!!!

Mônica Coimbra - mãe e médica

 

sábado, 28 de dezembro de 2013

Castidade no Matrimônio





Essa autenticidade do amor requer fidelidade e retidão em todas as relações matrimoniais. Comenta São Tomás de Aquino que Deus uniu às diversas funções da vida humana um prazer, uma satisfação; esse prazer e essa satisfação são, portanto, bons. Mas se o homem, invertendo a ordem das coisas, procura essa emoção como valor último, desprezando o bem e o fim a que deve estar ligada e ordenada, perverte-a e desnaturaliza-a, convertendo-a em pecado ou em ocasião de pecado.

A castidade – que não é simples continência, mas afirmação decidida de uma vontade enamorada – é uma virtude que mantém a juventude do amor, em qualquer estado de vida. Existe uma castidade dos que sentem despertar em si o desenvolvimento da puberdade, uma castidade dos que se preparam para o casamento, uma castidade daqueles a quem Deus chama ao celibato, uma castidade dos que foram escolhidos por Deus para viverem no matrimônio.

Como não recordar aqui as palavras fortes e claras com que a Vulgata nos transmite a recomendação do Arcanjo Rafael a Tobias, antes de este desposar Sara? O anjo admoestou-o assim: Escuta-me e eu te mostrarei quem são aqueles contra os quais o demônio pode prevalecer. São os que abraçam o matrimônio de tal modo que excluem Deus de si e de sua mente, e se deixam arrastar pela paixão como o cavalo e o mulo, que estão desprovidos de entendimento. Sobre esses o diabo tem poder.

Não há amor humano puro, franco e alegre no matrimônio se não se vive a virtude da castidade, que respeita o mistério da sexualidade e o faz convergir para a fecundidade e a entrega. Nunca falei de impureza e sempre evitei descer a casuísticas mórbidas e sem sentido, mas, de castidade e de pureza, da afirmação jubilosa do amor, sim, falei muitíssimas vezes e devo falar.

     A respeito da castidade conjugal, assevero aos esposos que não devem ter medo de expressar o seu carinho, antes pelo contrário, pois essa inclinação é a base da sua vida familiar. O que o Senhor lhes pede é que se respeitem e que sejam mutuamente leais, que se confortem com delicadeza, com naturalidade, com modéstia. Dir-lhes-ei também que as relações conjugais são dignas quando são prova de verdadeiro amor e, portanto, estão abertas à fecundidade, aos filhos.


 Cegar as fontes da vida é um crime contra os dons que Deus concedeu à humanidade e uma manifestação de que a conduta se inspira no egoísmo, não no amor. Então tudo se turva, os cônjuges chegam a olhar-se como cúmplices; e produzem-se dissensões que, a continuar nessa linha, são quase sempre insanáveis.

Quando a castidade conjugal acompanha o amor, a vida matrimonial torna-se expressão de uma conduta autêntica, marido e mulher compreendem-se e sentem-se unidos; quando o bem divino da sexualidade se perverte, a intimidade se destrói, e marido e mulher já não se podem olhar nobremente nos olhos.

Os esposos devem edificar a sua vida em comum sobre um carinho sincero e limpo, e sobre a alegria de terem trazido ao mundo os filhos que Deus lhes tenha conferido a possibilidade de ter, sabendo renunciar a comodidades pessoais e tendo fé na Providência. Formar uma família numerosa, se tal for a vontade de Deus, é penhor de felicidade e eficácia, embora afirmem outra coisa os autores de um triste hedonismo.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Se o aniversário é de Jesus, porque damos presentes aos outros?

A noite de hoje é uma noite muito especial! Hoje comemoramos o Nascimento do Nosso Salvador. Aquele que dá sentido à nossa vida e que por nós se entregou por inteiro.

Na nossa casa foi fácil explicar o sentido da troca de presentes fugindo do espírito consumista que nos cerca nessa época.

Contei a história do Nascimento de Jesus e, claro, expliquei os presentes dos Reis Magos. Foi instantânea a pergunta: "Se o aniversário é de Jesus, porque damos presentes aos outros?"
Noite de comemorarmos, confraternizarmos, trocarmos presentes!
Ao que respondi: "Não somos a imagem e semelhança de Deus? Portanto, cada vez que presenteamos alguém querido no Natal é porque reconhecemos Jesus nessa pessoa."
Os olhos brilharam e os sorrisos aumentaram. Tenho certeza de que não foi pelo presente, mas pela descoberta de que Jesus resplandece em nós.

Que a presença de Jesus encha sua casa e sua família com seu Amor e sua Misericórdia!
Feliz Natal!